Aero Magazine - Edição 311 (2020-04)

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quanto tempo levará até o fim
da pandemia, espera-se que a
curva de aprendizado gerada a
duras penas e perdas seja sufi-
ciente para adoção de medidas
de precaução e controle. De
forma que esse cenário não se
repita nessa proporção, que não
tenha impacto tão devastador
para o setor aéreo e os demais,
igualmente importantes para
a economia mundial e o bem-
-estar das pessoas.

Colaborou Giuliano Agmont

* Broker de aeronaves e avaliador
certificado pela ASA (American
Society of Appraisers) e pela
USPAP (the Uniform Standards
of Professional Appraisal Practice


  • Normas de Padronização e Prá-
    ticas de Avaliação Profissional),
    Cássio Polli dirige a Aérie Aviação
    Executiva, e acumula mais de 16
    anos dedicados exclusivamente à
    atividade de compra, venda, im-
    portação e exportação de aerona-
    ves executivas.


situação é que o mundo deve
mudar após a covid-19. Isso
vale para a forma de viajar e a
rotina em aeroportos, assu-
mindo que, em um primeiro
momento, haja uma substitui-
ção de viagens, reuniões ex-
ternas e alguns compromissos
anteriormente presenciais por
home-office, fone ou videocon-
ferências. Nessa nova perspec-
tiva, a aviação geral encontra
uma posição diferenciada para
preencher a lacuna aberta pela
aviação comercial e a crescente
demanda por deslocamentos
aéreos menos expostos ao
volume de pessoas num mesmo
ambiente e, consequentemen-
te, ao coronavírus. O futuro
próximo impõe desafios para a
indústria aeronáutica, usuários,
profissionais e passageiros,
que deverão passar por uma
mudança de hábitos nos seus
deslocamentos, redobrando
atenção quanto à higienização
pessoal, ambientes e aeronaves.
Mesmo sem saber ao certo

em um aeródromo é a Aeronáuti-
ca, por meio do seu Departamento
de Controle do Espaço Aéreo. No
fim, o Decea acabou proibindo o
fechamento de pistas por causa da
covid-19, assegurando o transpor-
te de cargas, insumos médico-hos-
pitalares, material coletado para
exames, transporte de órgãos para
transplante e demais necessidades
essenciais.
A Associação Brasileira de
Aviação Geral (Abag) conseguiu
junto à Prefeitura da São Paulo a
liberação de helipontos estratégi-
cos que dependiam da concessão
de licença administrativa. A enti-
dade também passou a negociar
com a Infraero descontos nos alu-
gueis de áreas nos aeroportos. As
autoridades aeronáuticas mostra-
ram sensibilidade nas negociações,
prorrogando prazos de diferentes
documentos, como habilitações
e exames médicos de pilotos com
vencimentos durante a pandemia.

PERSPECTIVAS
O ponto de convergência dessa
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