Valor Econômico (2020-05-12)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 1 da edição"12/05/20201a CADC" ---- Impressa por gaveniaàs 11/05/2020@20:16:26


Finanças


Terça-feira, 12 de maiode 2020|C1

Arranjode pagamentos
OBancoCentral(BC)autorizouo
funcionamentode18arranjosde
pagamentoabertos.Osarranjos
sãogeridosporVisa,Mastercard,
AmericanExpress,EloeItaucard.
Juntasessasempresasprocessam
99%dastransaçõesdecartõesno
Brasil.“Porseremabertos,[osar-
ranjos]aceitamcomoparticipan-
tesasinstituiçõesfinanceirasede
pagamentosquepreencheremos
requisitosdeingressofixadosnos
correspondentesregulamentos”,
disseoBCemcomunicado.Noar-
ranjoaberto,osparticipanteseo
instituidordopróprioarranjo
nãoprecisamserdomesmocon-
glomerado.Asautorizaçõesper-
mitemàautoridademonetária
“determinar,aqualquermomen-
to,ajustesnosregulamentosdos
arranjosaprovados,inclusiveno
tocanteaaspectosquejátenham
sidoavaliadosnaetapadeautori-
zação”.(EstevãoTaiar)

Assembleiado Santander
OSantanderBrasilconvocouas-
sembleiageralordináriaeex-
traordináriapara10dejunho.
Entreosassuntosaseremvota-
dos,aadministraçãodobanco
propõeaeleiçãodePedroAu-
gustodeMelocomomembroin-
dependentedoconselhodead-
ministração,paramandatocom-
plementarválidoatéaassem-
bleiageralordináriaaserreali-
zadaem2021.SegundooSan-
tander,Melotemumacarreira
desenvolvidaeconsolidadano
mercadofinanceiro,comsólida
experiênciaemgovernançacor-
porativa,auditoria,consultoriae
gestãoempresarial.Eletambém
exerceráasfunçõesdemembroe
coordenadordoComitêde
RiscoseCompliancedacompa-
nhia.(ÁlvaroCampos)

Destaques


Títulos do DeutscheBank
ODeutscheBankestáaproveitan-
doaestabilizaçãonosmercados
dedívidaeuropeusparavender
novostítuloseaumentarseuscol-
chõesdecapital.Obancoalemão
dissenasegunda-feiraqueplaneja
levantarpelomenoscercade€
750milhõescomavendadetítu-
losnãogarantidos.Tambémestá
seoferecendopararecompraraté
US$2bilhõesemdívidasênioraté
ofimdestasemana,quenãopode
maisserusadaparaatenderacer-
tosrequisitosregulatórios.O
DeutscheBankestáaproveitando
umadecisãodoBCEdepermitir
queosbancosusemtítulosde
qualidadeinferior,comotítulos
nãogarantidos,paraatenderaos
requisitosdecapital.OBCEdimi-
nuiuseusrequisitosemmarçopa-
ragarantirofluxodecréditopara
empresasefamílias,depoisqueos
esforçosdogovernoparareduzira
pandemiadecoronavíruscausa-
ramumgolpenaeconomiadare-
gião.(DowJonesNewswires)

Prejuízo da Casada Moeda
ACasadaMoedadoBrasilregis-
trouprejuízolíquidodeR$86,816
milhõesem2019,7,0%menosdo
queorombodeR$93,358milhões
deumanoantes.Aindaassim,éo
terceiroanoseguidoderesultados
negativos.Areceitalíquidacres-
ceu12,3%,aR$1,162bilhão.Jáas
despesasoperacionaisaumenta-
ram32,5%,aR$588,185milhões.
Emnovembrodoanopassado,foi
editadaaMP902,queacabava
comofimdaexclusividadedaCa-
sadaMoedaparaatividadesdefa-
bricaçãodepapelmoeda,moeda
metálicaedepassaporte.(AC)

1560

1568

1576

1584

1592

1600

Fonte:ValorPRO.Elaboração:ValorData

Índicede RendaFixaValor
Base= 100em 31/dez/99

11/mai
2020

26/mar
2020
Variações
No dia
No mês
No ano

-0,02%
0,51%
3,79%

1.594,05

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


CâmbioEspecialistas alertam que volatilidadeda moeda


traz riscopara investimentos e condiçõesfinanceiras


Disparada do dólar


eleva incerteza sobre


rumos da economia


Kfoury, da FGV: maiorfonte de riscoé a situaçãofiscal,não o dólaralto em si

ANAPAULAPAIVA/VALOR

Lucas Hirata e Victor Rezende
De São Paulo

Adisparada do dólarno Brasil
—que já superaos R$ 5,80—em
um ritmo muito maisintenso
que em outrosmercadosemer-
gentesacendeum sinalde alerta
entre analistas de mercadosobre
as repercussõesdessemovimen-
to na economia. Mesmoque, no
momento, o repassecambialnão
seja significativo para a inflação,
um grupode economistasavalia
que a volatilidadedo mercado
local, que tem sidoexacerbada
pela políticamonetáriae por ris-
cos fiscaisepolíticos,pode am-
plificaras incertezas em um con-
textodifícilparaopaís.
“Não há um nível mágico para a
taxade câmbio quenos leve ater
ou não preocupação com repasse
[para inflação],mas a intensidade
da depreciação é preocupante.
Mais que o nível, é a velocidade da
mudança que preocupa, ainda
mais num ambiente de altas incer-
tezasexternasedomésticas”,alerta
o economista-chefe para Brasil do
Barclays,Roberto Secemski. Para
ele, a volatilidadeda moeda “difi-
culta oplanejamento dos agentes
econômicosepossíveisdecisõesde
investimento que poderiam aju-
dar aestabilizar oquadro econô-
micopós-pandemia”.
Ontem,o dólarfechouem alta
de 1,33%,aos R$ 5,8192.Comis-
so, o real acumuladesvaloriza-
ção de 31% em 2020,no que con-
figuraa perda maisacentuada
entreas divisascom maiornego-
ciaçãono mundo. Para efeitode
comparação, orand sul-africano

e o pesomexicano—que com-
põemo rankingdos pioresde-
sempenhosno ano —registram
quedamenosintensa,de 24% e
21%,respectivamente.
Analistas atribuemparte da
depreciaçãodo câmbioà forte
quedade jurosno Brasil.Na se-
manapassada,o Comitêde Polí-
tica Monetária(Copom)do Ban-
co Centralsurpreendeuos ana-
listascom um cortemaisagres-
sivo que o esperadoda Selic.A
taxa foi reduzida de 3,75%para
3%, em umadecisãoque contou
aindacomindicaçõesde mais
um movimentode afrouxamen-
to monetárioem junho.
“Ainda que ocenário econômi-
co atualjustifique uma postura
mais ‘dovish’ da autoridade mo-
netária, estamos ficandoinquie-
toscomseuimpactonadinâmica
do real”, afirmam os estrategistas
Gabriel Gersztein eSamuelCas-
tro,doBNP Paribas, em relatório
enviadoa clientes. Elesexplicam
que aestabilidadeda moeda é
um fatorcrucial paraascondi-
çõesfinanceiras e dizem que“um
dólar anormalmenteforte anda
de mãosdadascomcontrações
de empréstimos bancários trans-
fronteiriços [em dólares america-
nos]einvestimentosdecapital”.
Alémdisso, comoos financia-
mentosem dólaressão sensíveis
à taxa de câmbio, flutuaçõesno
mercadopodemafetaros seg-
mentosna economia que são
muitodependentes de crédito,
prejudicando a confiança dos
negócios edo consumidor.“Ter
umamoedatão fracaem uma
economia fechada,impulsiona-
da principalmente peloconsu-
mo, podenão necessariamente
serumbompresságionofuturo”,
dizemosprofissionaisdoBNP.
Secemski, do Barclays,cita co-

TCU aponta falhas do BB em privatizações


Fabio Granere MurilloCamarotto
De Brasília

OTribunal de ContasdaUnião
(TCU)está contestando os proce-
dimentos adotados peloBancodo
Brasil (BB) nos processos de priva-
tização de subsidiárias. Os minis-
trosdaCorteapontaramumasérie
de problemas,entre eles a ausên-
ciadedefiniçãodoscritériosclaros
de seleção do interessado no ativo
e avaliação das propostas,de deta-
lhes da escolha do assessor finan-
ceiro, a faltade publicidade dos
dadosdo contrato como regraou
justificativa para osigilo da con-
tratação, entre outros.Edetermi-
naramqueainstituiçãoeosminis-
térios da Economia eCasa Civil se-
jamouvidossobreotema.
O relator, ministro Bruno
Dantas, em seu voto,levantou
váriasimpropriedadesna forma
comoo bancotem conduzidoos
processos. Houveumainspeção
na instituiçãoem 2019para o le-
vantamentode informaçõesso-
bre as açõesde desinvestimento
da instituição estatal.
Umadas principais críticas está
na forma de seleção do eventual
comprador da subsidiáriaeoscri-
térios de escolha. “A sistemática
do Banco do Brasil falha ao não
detalhar orito de seleção do inte-
ressado na alienação do ativo,
alémde não deixar claro os crité-
rios de seleção... Além disso, não
obstante existir margemparaes-

colhada modalidadede alienação
do ativo, deverá ser devidamente
justificadaeventual impossibili-
dade de realização de procedi-
mentocompetitivo”, disse Dantas.
Otextoaponta que oBBnão
cumpriu nem mesmoas próprias
determinações, que constam de
uma instruçãonormativade abril


  1. “Insta destacar que não foi
    identificado, durante a inspeção
    em 2019, nenhumprojeto então
    realizadonos moldes estabeleci-
    dos pela IN 941”, informouo rela-
    tório, ressaltando pontoscomoa
    necessidadededecisãocolegiada.
    A IN em si tambémfoi criticada
    no relatório, principalmentepor
    não fazer distinçãoentre os ritos a
    serem seguidosem operações de
    vendaou compra de ativos,parce-
    rias ou fusões. Isso podeacabarle-
    vando à falta de ações para conter
    osriscosdediferentesnegócios.
    “Fatoéquea condensaçãodos
    normativosdevendadeativosede
    parcerias estratégicas, sob as mes-
    míssimas regras, podetantoigno-
    rar medidas mitigadoras para ris-
    cos típicos de cadaoperação (de
    vendaou de parceria), como, em
    inverso, tornar o processomais
    ineficiente...”, diz.“Trata-sedefalha
    grave. Umanormaregulamenta-
    doradeveserbaseadaemriscos...a
    mesclagenérica de uma ritualísti-
    ca para ambas não tem ocondão
    de perfazer um complianceade-
    quadonemparauma nempara
    outrasistemática.”


Outra crítica é à sistemática de
avaliação de riscos. “Nãohá evi-
dências da identificação,análise e
avaliação de riscos, na seleçãoe
implementaçãode respostas aos
riscosavaliados,nomonitoramen-
to de riscos econtroles, e na comu-
nicaçãosobreriscos”,diz.“Verifica-
se potencial falha da alta direção
doBB—inclusiveemsuaalçadade
Conselho de Administração —no
adequado gerenciamentodecisó-
rio relacionadoaos riscos das par-
ticipações societárias (por negó-
ciosestratégicos ematerialmente
relevantes),notadamente no que
serefereàalienaçãodessesativos.”
Dantas ressalta que o BB pode
fazervendasde ativos sem ter que
passar pelo Congresso, conforme
decisãodo SupremoTribunal Fe-
deral (STF), mas precisar realizar
processos competitivos ao efetuar
os desinvestimentos. “Nada obs-
tante,aprocessualísticadevenda
devese pautar pelosprincípios
norteadoresda administração pú-
blica. Significa, grossomodo, que
emborase reconheçaaimpratica-
bilidade da utilização dos estritos
ritos licitatórios dispostosna Lei
das Estatais,há de existir uma sis-
temáticaquemitigueosprincipais
riscos advindos desse procedi-
mentodevenda”, ressaltou.
Orelatórioapontaaindaque a
instituiçãonão possuium pro-
gramaformalde desinvestimen-
tos de ativos.“Cadadesinvesti-
mento é tratado de formaisola-

da; ou seja,não compõemum
portfólioou carteirade projetos
estrategicamente relacionados”,
diz, explicandoque isso deman-
dariaa aprovaçãodo Conselho
deAdministraçãodobanco.
Segundoo texto, hoje oproces-
so inicia-seem uma diretoriaesó
passapelocrivo do comando do
bancoedo conselho na etapade
aprovação do aprofundamento
dos estudosepremissas prelimi-
naresda operação. “Ou seja,até
chegar a esse estágio, despendem-
se recursos com aprofundamento
dosestudosparasubmissãoposte-
rioraoórgãoestatutário,quepode
entender que aoperação não deve
prosseguir, devido ao não alinha-
mentoestratégico ou outrarazão
relevante, contrariando os princí-
pios da economicidade e da efi-
ciência”,dizDantas.
Entreas operações de alienação
departicipaçõesdiretaseindiretas
feitas em 2019 eoutros negócios
em andamento já divulgados pela
instituição estão: IRB-Brasil Re,
Neoenergia, Cibrasec, BB-BI, BB-
Tur, BancoPatagônia e SBCE. Vale
lembrartambém que em 2020 ou-
tras operações estavam sendo pre-
paradas,comoaprivatização da
BBDTVM,por meiode parceria
comalguminvestidorestrangeiro.
Procurado, oBB respondeuque
o TCU realizou o acompanhamen-
todosdesinvestimentoscomoob-
jetivode avaliar agovernançades-
ses processos, sem se ater auma

operação específica. “O Bancodo
Brasil irá esclarecer os pontos le-
vantados pelo TCU, dentro do pra-
zo estipulado, ejá mantém encon-
trosde trabalhocom técnicos do
Tribunal para prestar informações
e avaliarprocedimentos”, dissea
instituiçãoemnotaaoValor.
O BB ressalta que suasopera-
ções são pautadas pelos princípios
da boa governança e atendemaos
critérios legais edos órgãos regu-
ladoresefiscalizadores.Eque
“aprimorapermanentementeseus
processos eprocedimentos inter-
nos e entende que quaisquersu-
gestões são sempre bem-vindas”
paraoseufortalecimento.
O ministroBrunoDantasafir-
mou aoValorqueoobjetivo prin-
cipalda inspeçãoéidentificarris-
cos e possibilidades de melhorias
no processo de desinvestimentos.
Ele vê comopouco provável uma
eventualreversão de operações já
concluídas. “O focodeste tipo de
trabalho éacorreçãode rumos,
por meio de determinações e reco-
mendações ao bancopara oapri-
moramento da governança do
processo de desinvestimento co-
moumtodo”, afirmouoministro.
Segundo ele, a parte maisim-
portante é avaliar a governança do
planode desinvestimentodo BB,
não se atendo, aprincípio, auma
alienação específica. “Por tudois-
so, considera-se razoavelmente
mitigado o riscode que operações
realizadassejamrevertidas”,disse.

mentáriosfeitosnesteano pelo
presidentedo Banco Central, Ro-
bertoCamposNeto, de que uma
economia emergente, como a
brasileira,“nãopodeprescindir
do importantefluxode capitais
estrangeiros, dadasua baixataxa
de poupançadomésticacompa-
radacomoutrospaíses”.
Essepontoévistocomatenção
pelo estrategista-chefepara mer-
cadosemergentesdo Deutsche
Bank, DrausioGiacomelli, que
diz acreditarque o dólarpode
chegar aR$ 6,50 e, depois,voltar
paraR$ 5,50,“à medidaque a
perspectivaglobalmelhoree o
ruídopolíticofor parcialmente
resolvido”.Para ele, oreal tem
mostradoser “a principalvítima
da políticamonetáriaultra-aco-
modatícia” implementada pela
autoridademonetária.
Poroutro lado, oprofessorda
FGV MarceloKfoury avalia que o
dólaralto é muitomaisuma ma-
nifestaçãodo problemado que
umacausaem si. Ele afirmaque
umasériede fatoresexplicamo
saltoda divisaamericana,desde
quedado diferencial de juros
até abaixa do preçode commo-
dities.No entanto,amaiorfonte
de riscoé a situaçãofiscal.
“A reduçãode jurosé benéficase
vier acompanhada de responsabi-
lidadena parte fiscal. O risconão
está no Banco Central,oriscoestá
nosentornos do Ministério da Eco-
nomia”,explica o ex-chefedode-
partamento de pesquisa econômi-
ca do BC.Ele afirma que ojuro bai-
xo ajuda na renegociação de dívi-
daspor empresas econsumidores.
Mas,seasituaçãofiscalsairdocon-
trole,oambientedejurobaixoterá
de ser revertido.Ecolocariaem ris-
coumafugadecapitaisdopaís.
Na mesmalinha, oeconomista-
chefeda Garde, Daniel Weeks, diz

que ocâmbio nãoéumgrande
problema para a política monetá-
ria neste momento.Para incomo-
dar ocenário de inflação, por
exemplo, o dólar teria de ganhar
ainda maisforça e superar a mar-
ca de R$ 6,50, o que,para ele,só
aconteceria em um cenário de de-
sastrenapolítica fiscal.Ele refuta
aideia de que jurosbaixos no país
podem resultar em fugade capi-
taisedefende que adepreciação
do câmbiodeveconduzir a um
novo equilíbrio nascontas exter-
nas. “Juro baixo leva a uma realo-
cação dosportfólios das famílias.
Isso já vem ocorrendo. Mas fuga
de capitaisdiz respeito aesse mo-
vimento levado ao extremo.Acho
que pode ocorrer,não pelojuro
baixo, mas pela situação fiscal.”

Para oeconomista, adeprecia-
çãodataxadecâmbioparaR$6já
gera equilíbrio no balanço de pa-
gamentos. “Vamospraticamente
zeraraconta corrente”, diz. Além
disso, avalia que o pré-pagamen-
to de dívida das empresas no ex-
terior,quesomoucercadeUS$30
bilhões ano passado,acabou por
ora.Weeksreconhecequeinvesti-
mentos diretos podemcairna
margeme que,de fato, houve
grande saída de recursos de port-
fólio, mas “parece que ogrosso já
passou e agora asaída”se estabi-
lizou.“Parece que estamosmuito
maispertodo nossocâmbio de
equilíbrio, dado que ele, junto
com a forterecessão, vai mostrar
umaenorme correção no balan-
çodepagamentos”,diz.

Fonte:ValorPRO.Elaboração:ValorData

Dólarparacima
Cotaçãoem R$/US$

4,0000

4,5000

5,0000

5,5000

6,0000

30/dez/19 30/jan/20 28/fev/20 31/mar/20 11/mai/20

4,0098

4,2574

4,4809

5,1960

5,8192

Safra lançaplataforma


para atrair clientes com


agentes autônomos,


afirma o diretor


Fernando CruzC5


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