Adega - Edição 176 (2020-06)

(Antfer) #1
72 ADEGA >> Edição^176

ESCOLA DO VINHO | por^ ARNALDO GRIZZO


Debaixo


d’água


Tendência recente, o que muda


nos vinhos envelhecidos debaixo d’água?


A


busca por métodos e processos, sejam eles
tradicionais, sejam inovadores, é constante
no mundo do vinho. Hoje, os vinhos em ân-
fora renasceram. Ao mesmo tempo, surgem
barricas hipertecnológicas. Ao longo dos
anos, enólogos vêm testando novas técnicas para criar
rótulos cada vez mais incomuns. E nessa onda (quase
literalmente) aparece uma nova categoria, os vinhos “su-
baquáticos”.
Essa “moda” é relativamente recente. Ao que parece,
ela tomou força há cerca de 10 anos, quando uma equipe
de mergulhadores no mar Báltico encontrou 168 garra-
fas de Champagne em um navio naufragado. Entre elas,
havia 48 de Veuve Clicquot datadas de 1839 a 1841. Os
vinhos foram analisados e percebeu-se que várias garrafas
mantiveram boas condições e estavam aptas para consu-
mo. Em um primeiro momento, especialistas disseram
ter encontrado aromas não muito agradáveis, contudo,
surpreenderam-se com o frescor da bebida depois de tan-
tos anos. Logo em seguida, as garrafas foram leiloadas e
algumas alcançaram quase US$ 15 mil.
A partir daí, pipocaram produtores que resolveram ex-
perimentar o envelhecimento de vinhos debaixo d’água.
Acredita-se que, antes desse momento, porém, um dos
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