Banco Central do Brasil
Revista Carta Capital/Nacional - Afonsinho
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
uma manifestação auspiciosa dos jogadores,
em documento assinado pelos capitães de
todos os times, solicitando à CBF apoio
financeiro para as equipes durante a
paralisação. Fiquei sem saber em que pé ficou,
mas foi uma boa iniciativa.
A dureza deve ser grande na Série D. E olha
que lá estão clubes tradicionais da história do
nosso futebol – Moto Clube/MA, América e
ABC de Natal/RN, Bangu/RJ, apenas para citar
alguns. Todos merecem atenção.
Está por lá também o Gama de Brasília/DF,
que dá oportunidade ao Régis, “filho da terra”.
Ele jogou em alguns times pelo Brasil até
chegar ao São Paulo, de onde saiu por
dificuldades com drogas. A declaração aberta
do jogador aos 31 anos demonstra ser
merecedor da iniciativa do clube, também
louvável em tratar a situação com visão
atualizada e tão importante.
E por falar em profissionais do futebol,
voltamos a falar do Arthur, craque que saiu do
Grêmio e começou muito bem no Barcelona,
incensado por Messi, que viu nele o sucessor
do Xavi, o ponto de equilíbrio do melhor Barça
dos últimos tempos.
A posição ocupada pelo jogador é chave
decisiva na formação tática dos conjuntos de
futebol.
Pois bem, o time catalão optou por adotar um
modelo diferente, seguindo o que se diz
“moderno”, sem um “cabeça de área” mais
contido, servindo de fiel da balança entre
atacar e defender.
O que chama atenção é a situação criada
depois da troca do goiano pelo excelente
Pjanic, da Juventus de Turim, que faz a mesma
função do Xavi e do próprio Arthur, sendo mais
experiente que o brasileiro. Outra tentativa de
matar saudade do espanhol depois do chileno
Vidal.
O Santos fez a mesma coisa durante muito
tempo, procurando um substituto para o grande
Zito, que tinha até o apelido de “gerente”. A
posição acabou ficando com o Clodoaldo.
O caso agora é saber como fica o desfecho
burocrático. No acerto entre os clubes ficou um
hiato. O contrato do Arthur inicia-se em
setembro, o jogador teria de se apresentar ao
Barça no fim das férias. Parece uma coisa
simples, e é. Acreditamos que tudo se
resolverá com facilidade, mas existe a
especulação em torno da obrigatoriedade
contratual, uma mera formalidade sem sentido
no profissionalismo.
Aconteceu comigo na volta do empréstimo ao
Olaria, quando me apresentei à direção, que
me obrigou a retomar o final de contrato que
restava no clube sem nenhuma condição de
retornar, desgaste desnecessário. Vamos
aguardar o desfecho.
Parênteses para registrar a ignorância patronal
da nota do sindicato das escolas particulares
do Rio de Janeiro, digna do repúdio veemente
das demais categorias envolvidas no problema
da volta às aulas presenciais. O exemplo, o
mau exemplo, vem de cima.
A equação continua a mesma, entre a
economia e a saúde. O resultado é o vírus, que
determina o abre e fecha que segue irregular,
com predomínio da irresponsabilidade política.
Despedidas
Tristeza profunda no esporte, na música e na
política com a perda do jornalista e músico
Rodrigo Rodrigues, jovem que atuou nas duas
primeiras atividades. Simpatia roubada pela