Banco Central do Brasil
Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Dinheiro e Tecnologia
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Blockchain
3,4% a menos do que no mesmo período do
ano passado. No segundo trimestre, mais um
tombo. Os US$ 18,1 bilhões representaram 5%
a menos em relação a igual período de 2019 —
o que fez a empresa americana abandonar as
projeções financeiras para este ano, depois de
fechar 2019 com US$ 77,1 bilhões de
faturamento global. E aposta suas fichas em
segmentos que vêm dando certo nos últimos
anos: nuvem e tecnologias exponenciais, como
Inteligência Artificial, blockchain, computação
quântica e sensorização. São processos que
estão sendo usados pelas empresas para se
reinventar e avançar em sua digitalização. “Os
desafios criaram tanto necessidades urgentes
para as empresas trabalharem com mais
agilidade, resiliência, segurança e colaboração,
quanto novas formas de promover a inovação e
gerar valor”, afirmou à DINHEIRO Tonny
Martins, presidente da IBM no Brasil. O setor
de Nuvem e Software Cognitivo da empresa
alcançou receita de US$ 5,2 bilhões no
primeiro trimestre (alta de 5%) e de US$ 5,75
bilhões no segundo trimestre (crescimento de
3%). Resultado obtido muito em razão da
estratégica – e cara — aquisição da empresa
Red Hat, em meados do ano passado, por US$
34 bilhões, a maior compra da história da
companhia. O objetivo foi justamente melhorar
sua posição no setor da computação em
nuvem. Uma tendência que levou a IBM a
deixar de lado alguns de seus negócios para se
concentrar no cloud, uma demanda do
mercado que necessita modernizar aplicativos,
movimentar cargas mais elevadas de trabalho
para a nuvem e automatizar processos
tecnológicos. Estudo da Flexera 2020 State of
the Cloud Report revela que 61% das
empresas esperam aumentar seus planos de
uso da nuvem devido às consequências do
coronavírus. “O que percebemos é que a
pandemia acelerou a transformação digital e o
que veríamos acontecer em cinco ou seis anos
deve acontecer em aproximadamente dois
anos”, disse Martins.
OLHAR NO FUTURO
E está é a onda que a IBM quer surfar para
permanecer na crista e deixar para trás os altos
e baixos que permearam companhia nos
últimos anos. O impacto nos modelos de
negócios e na experiência dos clientes,
provocado pela Covid-19, gera mudanças.
Segundo a consultoria IDC, 66% das empresas
acreditam que as operações devem ser
ativadas digitalmente, com mais automação e
soluções sem contato, e 62% afirmam que
engajamento do cliente precisa ser expandido
em canais digitais e de autoatendimento,
incluindo os setores de vendas e suporte. A
busca é por fazer mais com menos, para obter
ganho na eficiência operacional. Nessa esteira,
a IBM tem criado soluções com empresas de
todos os tamanhos e segmentos. O maior
volume está entre as pequenas e médias.
Algumas, inclusive, iniciaram projetos
importantes durante a pandemia, ao usarem
soluções de Inteligência Artificial. Em parceria
com a gigante americana de tecnologia, a
CoronaBr criou um enfermeiro virtual para
responder dúvidas e dar orientações sobre a
Covid-19. Alcançou milhões de acessos. Outro
case da área da saúde ocorreu com a Mindify.
Foi desenvolvido um sistema de diagnóstico
automatizado, com cruzamento de dados
pessoais e clínicos do paciente.
Além da saúde, educação. Neste meio , a
startup Adalace, que oferece software de
gestão que ajuda a criar experiências efetivas
no ensino e aprendizado on-line, incrementou
os serviços durante a quarentena. Em comum,
todas escolheram a nuvem pública da IBM.
“Garantimos estabilidade, escalabilidade e
flexibilidade necessárias para rapidamente
estarem no ar e crescer”, afirmou Tonny
Martins. Outra ferramenta disponibilizada pela
IBM na Educação, o Open P-TECH, foi aderido