Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Ilustríssima
domingo, 2 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Reforma da Previdência
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Autor: Por Elena Landau, Fernando Schüler,
Leandro Piquet Carneiro e Samuel Pessoa
Professores da área de humanas da USP
apresentaram na Ilustríssima tuna extensa
análise do Brasil dos últimos anos,
argumentando que o governo Bolsonaro "ressoa
discursos e estratégias de tuna velha tradição
fascista local".
Além de classificarem o bolsonarismo como
uma forma de neointegralismo, sugerem a
existência de tuna afinidade entre fascistas e
liberais, que se estabeleceu com o objetivo de
mutilar os interesses das classes trabalhadoras.
O governo Bolsonaro surge qualificado como
um tipo de "fascismo ultraliberal".
A análise é instigante mas, em nossa visão,
equivocada. Em primeiro lugar, há o risco do
anacronismo histórico, de transpor conceitos de
um contexto a outro ao sabor da polêmica e dos
enquadramentos políticos de hoje. Em segundo
lugar, há um risco conceituai. O fascismo foi,
historicamente, sob qualquer ângulo de análise,
a negação absoluta da democracia liberal.
Nossos colegas fazem eco a um velho
argumento usado pelos partidos comunistas
contra os liberais e os líderes dos governos
democráticos que existiam na Europa durante o
período entre as duas guerras mundiais.
Fascistas e comunistas tinham o sonho comum
de produzir revoluções populares que
destruiriam o que restava da ordem liberal