Clipping Banco Central (2020-08-03)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia & Negócios
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

população seja superada", avalia Bentes.


Outro estudo, da Fundação Getulio Vargas
(FGV), aponta que o auxílio emergencial de R$
600, pago a brasileiros de baixa renda, reduziu
a extrema pobreza ao menor nível em 40 anos.


Só que o efeito é temporário, já que o
programa é de alto custo.


Novo normal. Segundo pesquisa feita pelo
Instituto Locomotiva a pedido do Estadão, além
de mais da metade (54%) dos brasileiros
afirmar que seu padrão de vida piorou, seis em
cada dez deles estimam que vai levar mais de
um ano para reconquistar o que tinham. Além
disso, um terço dos entrevistados que têm
plano de saúde, pagam escola particular para
os filhos ou empregam um trabalhador
doméstico afirma que não conseguirá manter
ao menos um desses serviços.


Na pandemia, os planos perderam 283 mil
clientes, ficando com 46,8 milhões de usuários,
segundo a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).


No caso das escolas, em maio, a inadimplência
na capital paulista era de 32,1%, segundo o
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do
Estado de São Paulo (Sieeesp). Os pais que
tiveram salário reduzido ou ficaram
desempregados trocaram os filhos para a rede
pública ou para opções mais baratas.


A escola Luminova, em São Paulo, é um
exemplo disso. "Tenho alunos vindos de
instituições que cobravam até quatro vezes
mais", diz o diretor acadêmico, Luizinho
Magalhães. Em abril e maio, a escola registrou
18 novas matrículas.


Segunda chamada

'AGORA EU VIVO UM DIA DE CADA VEZ
Quando a vendedora de móveis Sarita Largura
Singh, de 44 anos, pensa nos últimos cinco
anos, só consegue achar que a vida ficou mais
difícil. "Acho que a vida começou a piorar por aí
mesmo, em 2015, e desde então, a gente vai
andando de lado, mas não sente mais que a
vida está melhorando e nem aquele orgulho de
conquistar as coisas que tinha antes", conta.

Neste ano, a crise provocada pela covid-19
mudou os planos da família. Vendo o
orçamento doméstico ficar apertado durante a
quarentena, sem poder trabalhar e sem ter
mais com quem contar, ela trocou a filha mais
nova, Marília, de 15 anos, de escola durante a
pandemia.

No primeiro ano do ensino médio, Marília
trocou em abril uma escola que custava R$
2.200 por mês por uma de R$ 660. "Um dia, o
pai dela ligou para dizer que não pagaria por
mais nada. Entrei em pânico. Tivemos a sorte
de encontrar essa opção e ela se adaptou
muito bem." Sarita diz que, dependendo da
situação da economia nos próximos anos, a
filha pode permanecer na escola nova. "Mas é
difícil fazer qualquer previsão, vivo um dia de
cada vez."

Fim de um sonho

'A QUEDA NA MINHA RENDA FOI DE 90%
Felipe Trotta, de 40 anos, ainda se lembra da
primeira vez que sentiu os efeitos da crise
econômica batendo à sua porta. Em 2015,
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