Clipping Banco Central (2020-08-07)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Crédito dá sinais melhores, mas


insuficientes


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Está em curso uma retomada das operações de
crédito, cujos saldos aumentaram 0,8% entre
maio e junho, de R$ 3,594 trilhões para R$
3,625 trilhões, enquanto as concessões mensais
cresceram 5,1% na mesma base de
comparação, para R$ 322 bilhões. Há outros
dados positivos sobre os financiamentos, como
a alta da proporção entre os estoques de crédito
e o Produto Interno Bruto (PIB) de 49,7% em
maio para 50,4% em junho, segundo o mais
recente relatório de Estatísticas Monetárias e de
Crédito do Banco Central (BC), além da queda
da inadimplência e do aumento de prazos das
concessões de empréstimos às empresas. Mas,
ante a intensidade dos efeitos da pandemia do
novo coronavírus sobre o faturamento das

empresas e levando em conta a criação de
novas linhas de crédito pelo governo, é certo
que muitas companhias ainda sofrem a falta de
recursos, sem ter a certeza sobre quando a
economia voltará à normalidade.

Entre os primeiros semestres de 2019 e de
2020, os saldos das operações com pessoas
jurídicas aumentaram 8,3%, mas o ritmo da alta
parece ter tido algum arrefecimento no segundo
trimestre, sugerindo algum entupimento dos
canais de financiamento. Para as pessoas
físicas, o crescimento foi de 4,2% no semestre,
ce- dendo entre abril e junho. A evolução mais
fraca do crédito às famílias era esperada, seja
porque a renda das famílias foi mantida por
causa do pagamento do auxílio emergencial,
reduzindo a demanda de crédito, seja porque o
custo dos empréstimos, embora cadente,
continua sendo muito alto. O nível de
endividamento das famílias ficou estável nos
últimos meses.

Na média das operações de crédito livre, o
custo anual para pessoas físicas foi de 40,7%
ao ano, três vezes superior ao de 13% ao ano
aplicado às pessoas jurídicas. Um dado positivo
é a diminuição das concessões de crédito na
modalidade de cheque especial, cujos custos
são exorbitantes. Os bancos privados
continuaram recuperando espaço na oferta de
crédito em relação aos bancos públicos, mas
estes ainda ocupam quase 47% do mercado.
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