Clipping Banco Central (2020-08-07)

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Banco Central do Brasil


Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais Nacionais

cargos públicos que ocupou”, escreveu o
magistrado.


Os supostos atos ilícitos investigados pelo
Ministério Público Federal, no entanto, não são
relacionados à gestão do governador João
Doria (PSDB) em São Paulo.


Secretário de Indústria e Comércio de Goiás de
2011 a 2013, Baldy foi eleito deputado federal
em 2014 e se tornou ministro das Cidades do
ex-presidente Michel Temer (MDB) ao final de
2017.


A Operação Dardanários, deflagrada nesta
quinta-feira (6), é um desdobramento de
investigações da Lava Jato no Rio que
apuraram desvios na área da saúde,
especialmente a Operação SOS.


Deflagrada há dois anos, a SOS mirou fraudes
em contratações na Secretaria de Saúde do
Rio envolvendo a organização social Pró-
Saúde, que administrava alguns hospitais do
estado.


Agora, a partir da colaboração premiada de ex-
diretores da Pró-Saúde, os investigadores
afirmam que Baldy recebeu vantagens
indevidas da OS e de outra empresa vinculada
aos antigos gestores.


Em troca, de acordo com o MPF, o secretário
atuou para garantir o firmamento de novas
contratações com órgãos públicos, em outros
estados.


As medidas cautelares contra Baldy foram
requeridas ao STF (Supremo Tribunal Federal),
já que à época ele ainda ocupava o cargo de
ministro. Com a saída do ministério ao fim de
2018 e a perda do foro, os autos foram
encaminhados por conexão à 7ª Vara Federal
Criminal do Rio.


Bretas narra na ordem de prisão três principais
situações em que o secretário teria cometido
atos ilícitos em troca de vantagens indevidas,
de acordo com a Procuradoria.

Antes das eleições de 2014, segundo as
investigações, Baldy atuou para facilitar
pagamentos atrasados do hospital Hurso
(Hospital de Urgência da Região Sudoeste), em
Goiás, à Pró-Saúde, que administrava a
unidade.

Como contrapartida, de acordo com o
Ministério Público Federal, ele recebeu R$ 500
mil em espécie para sua campanha eleitoral,
fora da contabilidade oficial.

O MPF chegou a esta conclusão a partir das
colaborações de Ricardo Brasil e Manoel Brasil
e de dados obtidos em conversas telefônicas.

O segundo fato citado pelo Ministério Público
Federal diz respeito a um contrato firmado pela
Juceg (Junta Comercial do Estado de Goiás),
sob a presidência de Rafael Lousa, aliado
político de Baldy.

Por último, a investigação também indica que
Baldy atuou a favor da contratação irregular da
empresa Vertude junto à Funasa (Fundação
Nacional da Saúde).

No despacho, Bertas ainda ressalta que
relatórios do Coaf (órgão federal) revelam
indícios de que Baldy lavou o dinheiro obtido de
forma ilícita por meio da mulher e do sogro.
Segundo os relatórios, esses familiares
movimentaram altas quantias em dinheiro, de
2012 a 2017, sem motivação aparente.

Bretas também cita inconsistências nas contas
de Baldy, como a compra em espécie de
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