Clipping Banco Central (2020-08-07)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Eu & Fim de Semana
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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A menos de cem dias da eleição presidencial
americana, o democrata Joe Biden conseguiu
consolidar uma boa vantagem em relação ao
presidente do país, o republicano Donald
Trump, apoiado declarada e
entusiasmadamente por Jair Bolsonaro (sem
partido).


A resposta será conhecida apenas depois de 3
de novembro, quando as urnas forem abertas,
mas as chances de o Brasil ter que lidar com
um líder americano refratário à agenda de um
governo da direita radical hoje são bem altas e
já suscitam debates. A começar da ala mais
progressista democrata, que pressionará Biden
a combater Bolsonaro, caso ele tente
estabelecer boas relações bilaterais e queira a
colaboração brasileira para lidar com a China,
dizem especialistas, ex-integrantes do governo


americano e parlamentares.

Meio ambiente e China serão elementos-chave
na relação entre os dois países, mas há limites
para até onde o Brasil pode usar como moeda
de troca um possível banimento da Huawei,
empresa chinesa que pretende oferecer
infraestrutura para a implementação das redes
5G no país. Já as posturas ambiental, de
direitos humanos e perante os índios devem
gerar muita dor de cabeça para o Brasil,
mesmo que Biden apenas aja reativamente ao
clamor interno crescente.

“Como país, devemos nos comprometer a
nunca apoiar regimes que cometam violações
dos direitos humanos, recusando a dar a eles
dinheiro dos contribuintes americanos e
rescindindo os privilégios que acompanham
uma relação amigável com os EUA”, diz ao
Valor a deputada democrata Deb Haaland.

Os democratas, no controle da Câmara dos
Deputados dos Estados Unidos desde 2018,
vêm aumentando o tom das críticas ao governo
Bolsonaro no último ano, com resoluções no
Congresso e tentativas de bloquear políticas
pró-Brasil do governo Trump. Na semana
passada, o deputado nova-iorquino Eliot Engel
enviou uma carta ao embaixador americano no
Brasil, Todd Chapman, que supostamente teria
sugerido ao Brasil reduzir a tarifa de
exportação do etanol para beneficiar Estados
americanos produtores e, por consequência, a
reeleição de Trump.

Essa atitude violaria a Lei Hatch, de 1939, que
proíbe servidores federais de fazer campanha
no trabalho. O Departamento de Estado nega
que houve impropriedade. O uso impróprio de
canais diplomáticos foi o pivô do pedido de
impeachment de Trump no ano passado.
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