REVISTA DRAGÕES agosto 2018
Abrimos o baú e assumimos o risco de
ir à procura dos mais belos golos do
FC Porto na Liga dos Campeões, aqueles
que valem ouro. De entre os 233 até
agora marcados desde que, em 1992/93,
a competição assumiu o formato atual,
selecionámos alguns dos melhores, pela
beleza, mas também pela importância e
pelo significado do jogo. Elegemos dez
que ficam na história e para a história,
e ordenámo-los cronologicamente para que
os leitores possam fazer a sua escolha.
É um desafio difícil, é certo, porque
seja com o pé, com a cabeça ou com o
calcanhar, qualquer golo do FC Porto
é bonito, é um bálsamo para a alma.
Golos para
a história
1
Artur
AC Milan-FC Porto, 2-
11 SET 1996
Foi uma das mais gloriosas e memoráveis
noites na Europa. A vitória sobre o Milan,
em pleno San Siro, começou a ser desenhada
pelo brasileiro Artur, que recebeu um
passe de Zahovic, fintou Paolo Maldini e
bateu Rossi com um remate que levou a bola
a entrar junto ao primeiro poste. Os dois
golos de Jardel trataram do resto e davam
o pontapé de saída para a mais brilhante
campanha de sempre na fase de grupos.
2
Benni McCarthy
FC Porto-Manchester United, 2-
25 FEV 2004
O sul-africano deu o primeiro carimbo no
passaporte para os “quartos” no caminho
para a final: depois num belo remate de
primeira que desfez a vantagem feliz
dos britânicos, McCarrthy foi senhor
de um cabeceamento fulminante, com uma
colocação impressionante, na resposta a um
cruzamento milimétrico de Nuno Valente, que
permitiu a cambalhota no marcador. Em Old
Trafford, Costinha deu a estocada final.
4
Lucho González
Hamburgo-FC Porto, 1-
01 NOV 2006
Em 2014 foi eleito pela UEFA como um dos 60
melhores golos da história da competição:
Quaresma cruza, a defesa alemã alivia a bola
direitinha para pés de Lucho, que, sem a deixar
cair no chão, lhe acerta na perfeição e dispara
a mais de 20 metros para a colocar no sítio
certo. Um daqueles golos de fazer levantar o
estádio que colocava o FC Porto no rumo certo
para mais uma presença nos oitavos de final.
3
Deco
FC Porto-Mónaco, 3-
26 MAI 2004
O campeão europeu fez-se com três belos
golos. Carlos Alberto abriu a contagem a
fechar a primeira parte. Na segunda, houve
magia: Alenitchev correu pela esquerda e
ofereceu a bola a Deco que, no coração da
grande área, teve toda a calma e classe
do mundo para a fazer passar por três
defesas, que tentavam, em vão, cortá-la no
caminho para a baliza. Alenitchev acabou
com as dúvidas, se ainda as houvesse.
NOTA 10 #