Record - 20200807

(PepeLegal) #1

14 FC PORTO
7 de agosto de 2020


ç “Sou um filho do dragão”, re-
feriu, com orgulho, Aloísio, no fi-
nal da conversa que manteve
com Record. O brasileiro, quase a
completar 57 anos, ficou sur-
preendido quando lhe ligámos a
recordar que se completam hoje
30 anos desde que se estreou ofi-
cialmente com a camisola do FC
Porto. Foi na 1ª mão da Supertaça,
na Amadora. Em 11 épocas, o an-
tigo central fez 474 jogos e é ainda
hoje, por larga distância, o es-
trangeiro com mais presenças
pelos dragões.
Uma história que começou no
verão de 1990, quando Johan
Cruyff decidiu abdicar de um dos
centrais estrangeiros que tinha
na equipa – o outro era Ronald
Koeman – para contratar o búl-
garo Hristo Stoichkov. Aloísio ti-


Aloísio estreou-se a 7 de


agosto de 1990 e tornou-


-se o estrangeiro com


mais jogos pelos dragões


SÍMBOLO


çForam quase cinco cente-
nas os jogos que Aloísio reali-
zou com a camisola dos dra-
gões, mas quando se pede ao
brasileiro que indique aqueles
que foram os momentos mais
simbólicos, não perde muito
tempo. “Foi o primeiro título
de campeão nacional, em
1991/92; a Taça de Portugal,
em 1993/94, que ganhámos na
finalíssima com um golo meu
de penálti; e um jogo frente ao
Bayern Munique, no Estádio
das Antas, para a Champions,
em que empatámos a um golo.

Élber nem toc ou na bola...


tinha pressa em substituir o bel-
ga Demol, que tinha saído para a
Alemanha, tendo ido a Barcelo-
na por duas vezes para falar co-
migo e com os dirigentes do Bar-
celona. Pedi para pensar e fui de
férias para o Brasil, a partir daí o
processo acelerou”, contou
Aloísio, lembrando que era sua
intenção assinar por três épocas
pelo FC Porto, mas acabou por
fazê-lo por quatro. O certo é que
ficou 11 como jogador, mais qua-
tro como adjunto e uma a treinar
a equipa B.

A melhor escolha
Para quem pensava no
Montpellier para jogar na Taça

UEFA, acabou por assinar pelo
FC Porto para jogar numa pri-
meira fase na Taça dos Campeões

e depois na Champions. “Fiz
uma ótima escolha, a melhor que
podia ter feito, e a prova disso foi
o tempo todo que passei no FC
Porto, a jogar sempre, sem pro-
blemas de lesões. Trabalhei sem-
pre de uma forma muito séria,
com profissionalismo, e o resul-
tado ficou bem à vista”, recordou
o brasileiro, que teve na sua épo-
ca de estreia em Portugal um
máximo de carreira (52 jogos, 50
deles completos).
Desafiado a fazer o melhor
onze com quem jogou no FC Por-
to, Aloísio fez questão de se au-
toexcluir da equipa, dando a ti-
tularidade aos centrais Ricardo
Carvalho e Jorge Costa. *

HISTÓRICO.
Aloísio ergueu
a Taça de Portugal
no Jamor, um
dos 19 troféus
que venceu ao
serviço do FC
Porto como
jogador

RUI SOUSA

HÁ 30 ANOS HÁ 30 ANOS


TROCOU TROCOU CRUYFF CRUYFF


PELO FC PORTOPELO FC PORTO


Depois de acabar a carreira de
futebolista, foi adjunto de Octá-
vio Machado, Víctor Fernández,
José Couceiro e José Mourinho.
Com este atingiu a glória.

AO LADO DE MOURINHO

nha o sonho de jogar em Itália e
França, mas Pinto da Costa foi
lesto e apresentou-lhe argu-
mentos que o convenceram a
optar pelo FC Porto.
“Tinha assinado pelo Barcelo-
na por quatro épocas, mas ao fi-
nal de duas saí, depois de uma


conversa com Cruyff. Houve vá-
rios contactos com clubes e che-
guei mesmo a um princípio de
acordo com o Montpellier, mas o
clube francês não se entendeu
com o Barcelona. O FC Porto es-
tava na corrida e Pinto da Costa


PINTO DA COSTA CHEGOU A
ACORDO COM O BARÇA QUANDO
O CENTRAL SE PREPARAVA PARA
ASSINAR PELO MONTPELLIER

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