Jorge Nuno Pinto da Costa
Caros Dragões,
C
omo referi antes da minha
reeleição, gosto mais de olhar
para o futuro do que invocar o
passado. Do passado podemos
guardar todas as vitórias inesquecíveis
designadamente as que conseguimos na
Europa e no Mundo e cujos troféus são o
orgulho do nosso museu. Contudo, a mais
recente conquista da Taça de Portugal,
que juntamos ao título de campeão numa
saborosa dobradinha, deve merecer de todos
nós a reflexão que nos permita, desde já,
olhar a próxima época.
Se bem nos recordamos, em janeiro último
estávamos falidos e mortos nas opiniões de
diversos papagaios e cartilheiros instalados
em quase todos os meios de comunicação
clássicos. Opiniões essas quase sempre
articuladas com notícias falsas semeadas nas
redes sociais. Foi, de resto, este poderoso
aparelho de propaganda, acolhido pela
maioria dos meios de comunicação social,
esses sim falidos e desesperados por não
importa quais audiências, que em janeiro
deram o nosso treinador de malas aviadas.
Não é fácil encontrar na história do
FC Porto uma época como esta última, em
que tivemos mesmo de ganhar contra tudo
e contra todos. Pela simples razão de que
nunca como agora tantos boatos foram
promovidos à categoria de notícia e de
notícia falsa a comentário sem vergonha.
Costumamos dizer em referência ao
jogo em si mesmo que há três equipas
em campo, as que se defrontam e a de
arbitragem. Esta época houve uma quarta
equipa que participou: a dos cartilheiros.
Essa equipa, desprovida da menor pinga
de ética, tentou, semana a semana, criar a
ideia de que o FC Porto estava arredado
dos títulos em disputa. Como se enganaram!
Dragões Juntos foi, e será sempre, muito
mais do que uma frase motivacional. Foram
os Dragões Juntos que, cerrando ainda
mais as fileiras, transportaram em ombros
a nossa equipa à porta do Dragão, à porta
CAMPEÕES COMO SEMPRE
do hotel, nas bermas das estradas, à janela
de casa. Foi, sem dúvida, uma viagem muito
bonita, inscrita na nossa história com suor
e lágrimas. De dor e depois de alegria. E
sempre no cumprimento das regras impostas
pelas diversas fases de um outro combate,
o da pandemia.
Por tudo isto, esta dobradinha deu-nos
um prazer imaculado. Apenas manchado por
uma intervenção policial inaceitável e da qual
pedimos um rigoroso inquérito ao ministro
da Administração Interna.
Do qual esperamos as competentes
explicações. De preferência antes da próxima
final da Taça. Para que não se repita.
E de tudo isto, podemos concluir que
só podemos olhar a próxima época com a
mesma chave de sucesso desta que acaba
de terminar: Dragões Juntos / Campeões
Como Sempre.
