Record - 20200822

(PepeLegal) #1

18 ESPECIAL
22 de agosto de 2020


çNo painel dedicado ao des-
porto olímpico e paralímpico, Jo-
sé Manuel Constantino, presi-
dente do Comité Olímpico de
Portugal (COP), foi uma das vozes
que revelaram alguma surpresa
pela falta de indicações para o re-
gresso dos desportos coletivos de
pavilhão, por parte dos decisores
políticos e das autoridades sanitá-
rias. “Por exemplo, o Governo
anunciou que a 1 de agosto se po-
dia iniciar a prática de modalida-
des coletivas de pavilhão. No en-
tanto, ainda não são conhecidos
os protocolos para que se possa


regressar em segurança”, come-
çou por dizer, mas falando espe-
cificamente dos custos envolvi-
dos, principalmente com a reali-
zação de testes, acrescentou:
“Não se podem exigir regras de tal
modo severas que impeçam o re-
gresso da atividade, nomeada-
mente no aspeto financeiro. Têm
de ser medidas adaptadas às ca-
pacidades das organizações.”
Já José Manuel Lourenço, pre-
sidente do Comité Paralímpico
de Portugal, abordou a situação


dos atletas. “Até hoje [ontem],
em termos de apoio não faltou ri-
gorosamente nada. O maior im-
pacto da pandemia é na ausência
de competições, pois assim não
hipótese de haver qualificações.
Os atletas não estão a ser inseri-
dos no projeto olímpico e vão ter
de esperar mais tempo do que,
certamente, desejariam”, expli-
cou. Enquanto Vítor Pataco, pre-
sidente do Instituto Português do
Desporto e Juventude (IPDJ), foi
perentório na comparação do
que sucedeu com o futebol da 1ª
Liga: “Impossível replicar esse
modelo.” *

Responsáveis esperam


que as autoridades


políticas e sanitárias


sejam esclarecedoras


ASSERTIVO. José Manuel Constantino deixou recados

FOTOS DAVID CABRAL SANTOS

Clubes estão
a tentar poupar

João Rodrigues, presidente da
Comissão de Atletas Olímpicos,
alertou ainda para a situação
que muitos atletas estão a viver
neste momento. “Muitos clubes,
não só os considerados grandes,
estão a rever os contratos dos
atletas por baixo, começando
também a relativizar os projetos
olímpicos, até mesmo na nego-
ciação de contratos publicitá-
rios”, salientou.

PROJETO OLÍMPICO


“NÃO SE PODEM EXIGIR
REGRAS DE TAL MODO SEVERAS
QUE IMPEÇAM O REGRESSO”,
DISSE O PRESIDENTE DO COP


LUÍS MAGALHÃES E MIGUEL AMARO

çPedro Castro e Almeida,
CEO do banco Santander, que
coorganizou este evento com
Record, expressou a sua felici-
dade em ver a sua marca asso-
ciada à final da Liga dos Cam-
peões. “A Champions e a sua fi-
nal é um evento que atrai mi-
lhões de pessoas. Em termos de
audiência não há nada compa-
rável. Temos uma presença
muito forte em vários merca-
dos, nomeadamente na Améri-
ca Latina, e esta prova, apesar
de ser europeia, é seguida por
milhões nessa zona do Globo”,
salientou, recordando que o
banco sempre esteve associado
ao desporto: “O Santander
sempre esteve ligado ao des-
porto ao longo da sua história.
Aqui há uns anos esteve presen-
te na Fórmula 1 e com o tempo
foram mudando os hábitos e,
hoje em dia, nada se compara ao
futebol. Por isso, a nossa aposta
passa por estarmos envolvidos
nestes eventos.”
Os tempos de pandemia que
se vivem são estranhos e Pedro

Castro e Almeida acredita que
pode ser uma boa altura para se
encontrarem soluções diferen-
tes. “A pandemia está a afetar
todos os sectores da sociedade e
o desporto particularmente.
Pois, especificamente o futebol
também contribui para o bem-
-estar de uma sociedade. Mas
este período está a trazer pro-
blemas a níveis financeiros e
nós estamos aqui para ajudar
todos. É um momento impor-
tante para se pensar um pouco
mais fora da caixa e perceber-
mos como vamos conseguir
avançar”, destacou.
O CEO explicou o que é que a
marca pretende com esta asso-
ciação à final da Champions.
“Há determinados valores as-
sociados ao futebol que o San-
tander quer transmitir e asso-
ciar-se. Seja a nível competiti-
vo, seja de inclusão social e ele-
vador social. Acreditamos que
o futebol consegue acompa-
nhar jovens em situações des-
favorecidas e fazê-los subir no
elevador social”, frisou. *

“Em termos de audiência


não há nada comparável”


PEDRO CASTRO E ALMEIDA RADIANTE

çA Academia do Johnson,
uma instituição sem fins lucrati-
vos de ajuda a jovens carencia-
dos, situada no bairro do Zam-
bujal, Amadora, também está
presente na conferência organi-
zada pelo Santander em parceria
com Record.
No recinto está colocada uma
baliza com um aparelho que per-
mite medir a intensidade de um
remate. Os convidados foram
desafiados a marcar golos e a ve-

locidade dos remates foi conver-
tida em euros, sendo o valor de 5
mil euros o tecto da doação. Jor-
ge Andrade, antigo jogador da
Seleção Nacional, com um ‘tiro’
que atingiu 104 km/h, foi quem
rematou mais forte, doando as-
sim 104 euros à instituição.
Record falou com Johnson Se-
medo, responsável pela Acade-
mia que fundou em 2014, que
elogiou a organização deste
evento dedicado à Champions

League e ao futebol. “Agradeço o
convite para estar aqui presente.
É um evento importantíssimo
pois reúne as pessoas do futebol
para juntas pensarem na forma
de como responder ao desafio
provocado pela pandemia. As
coisas não estão fáceis e podem
ficar ainda mais difíceis. Temos
de cumprir as regras para sair
desta situação o mais rapida-
mente possível”, comentou
Johnson Semedo. *

ACADEMIA DO JOHNSON

Remates vão doar 5 mil euros


Johnson Semedo
junto à baliza que
dá prémios

FELIZ. Pedro Castro e Almeida ao lado do troféu

TALKS - SANTANDER/RECORD


PREOCUPA PERÍODO


DE INDEFINIÇÃO

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