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NOTA FINAL
DESEMPENHO
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
Neste mini-teste de grupo, estes auscultadores são
os que têm a melhor relação qualidade/preço. Porquê?
Apesar de ficarem uns furos abaixo dos modelos mais
caros na qualidade de som e de não terem a mesma
qualidade de construção, entregam uma experiência
sonora e de ANC muito satisfatória, mesmo sendo os
mais baratos. Notamos poupanças logo no aro superior,
com a almofada apenas a existir na parte central. Em
contraste, as almofadas laterais são generosas em
tamanho, o que torna os JBL confortáveis. Apesar de
haver botões de controlo de volume, o feedback das
teclas é muito oco, refletindo mais uma vez a construção
barata, ainda que do lado positivo os botões sejam
salientes e fáceis de ‘encontrar’. A restante construção
em plástico tira brilhantismo aos Tune 750 BTNC e
faz-nos sentir que, pelo preço, merecíamos melhor, mas
a componente do som compensa esta parte. Destaque
claríssimo para os graves, que têm força e que dão logo
outro ‘corpo’ às músicas. Mas também na reprodução de
agudos sentimos um som limpo e sem distorções, exceto
nos níveis de volume mais elevados, naquele que é um
desempenho bom para o preço. Sentimos por outro lado
que o som, no geral, é reproduzido de forma um pouco
abafada, o que tira potencial a estes headphones. O
ANC consegue reduzir uma parte significativa do som
à nossa volta, mas não tem capacidade suficiente para
abafar por completo as conversas de quem está próximo
de nós. Ainda assim, e sobretudo se puxarmos o volume,
conseguimos estar num mundo musical só nosso. Dois
detalhes finais: a JBL tem uma app, mas este modelo
não é suportado; e é possível ter os Tune BTNC ligados a
dois equipamentos em simultâneo.
O nome Sennheiser traz consigo um grande
peso – foram já vários os produtos da marca que
receberam o selo de "Recomendado" da Exame
Informática –, mas dos quatro headphones deste
teste, este modelo é o menos convincente. Duas
justificações para isto: o facto de serem os menos
confortáveis, tendo as almofadas mais pequenas
e também o aro superior com menor proteção; e
serem os que têm o ANC menos eficaz. A diferença
para os JBL no cancelamento de ruído não é
significativa, mas, além de melhor, o concorrente
direto também é mais barato. No áudio, os sons
graves têm presença, mas esperávamos maior
clareza na reprodução de agudos. E estes são mais
uns headphones que se deixam dominar pelos sons
médios, o que tira espetacularidade e impacto a
algumas músicas. O equilíbrio entre os canais de
áudio está bem assegurado e isso ajuda a tornar a
experiência sonora positiva. Em termos de design
e construção, gostamos mais destes Sennheiser:
apesar de serem maioritariamente em plástico,
tal como os JBL, o aspeto e os acabamentos
estão melhor conseguidos, com destaque para a
cobertura da almofada dos auscultadores que é
muito suave. Funcionam com a app da Sennheiser
para smartphones, o que permite, em tempo real,
ajustar a reprodução de som para graves mais
fortes ou com maior destaque para os agudos, uma
forma de compensar aquilo que os auscultadores
deviam entregar de origem. Suportam aptX
(menor perda de qualidade do áudio na ligação
por Bluetooth) e são, neste teste, os que ocupam
menos volume quando estão fechados.
CARACTERÍSTICAS
Driver 40 mm ○ Frequências entre
20 Hz e 20.000 Hz ○ Bluetooth
4.2, microUSB, jack 3,5 mm ○
Autonomia até 22h ou até 15h
com ANC ○ 204x61,9x223 mm
○ 220,3 g
magnelusa.pt
4,1
NOTA FINAL
DESEMPENHO
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
CARACTERÍSTICAS
Driver 32 mm ○ 101,48 dB
○ Frequências entre 18 Hz e
22.000 Hz ○ Bluetooth 5.0,
USB-C, jack 3,5 mm ○ Autonomia
até 22h ou até 15h com ANC ○
154,9x66x193 mm ○ 238 g
magnelusa.pt
4
JBL TUNE 750 BTNC €129,90
SENNHEISER HD 450BT
€149,90
Os Sony WH-1000XM3, anunciados em agosto de 2018, ainda são os nossos
preferidos e líderes indiscutíveis entre os auscultadores ANC: o cancelamento de ruído
é superior, são mais confortáveis, têm melhores graves e reprodução de voz, e são mais
caros (€379). Mas atenção: a empresa já anunciou uma nova geração (WH-1000XM4),
cujo teste – para 'ouvir' na EI nº 304 – não foi possível antes do fecho desta edição.
O ALVO
A ABATER