8 » INFORMÁTICA FÁCIL
de endereços, como o Bitly, ou TinyURL
fazem um bom trabalho na transformação
de grandes endereços em algo que é muito
mais simples de escrever e partilhar.
Qual o risco?
Ainda que um endereço encurtado seja
mais fácil de partilhar e escrever, na maior
parte das vezes não faz a mínima ideia
para onde será enviado até que clique no
mesmo. Por exemplo, para onde será
enviado através do endereço
http://bit.ly/38AdiuB? Ou do
http://bit.ly/39yvg1y? Podia ser um site
malicioso, não pode?
Só um aparte, se estiver a partilhar um
link pessoal (para um vídeo privado no
YouTube que só pode ser acedido por
alguém que tenha o endereço URL), com-
primir o endereço torna-o numa presa fácil
para alguém não autorizado o decorar e
encontrar. Também pode fazer outra expe-
riência, que é escrever bit.ly/ seguido de
uma palavra ao acaso e ver onde vai parar.
Como evitar
Existem formas de saber para onde é que
um link encurtado envia sem ter de efeti-
vamente clicar nele. Pode ver os detalhes
do link no próprio site do Bitly, incluindo o
endereço desmascarado, entre outros
dados, simplesmente inserindo o símbolo
+ no fim do endereço. Por exemplo,
bit.ly/ifsitepci envia-o para o nosso websi-
te, mas bit.ly/ifsitepci+ leva-o até à pági-
na do Bitly com informação adicional do
link. Adicione a palavra ‘preview’ no fim de
um endereço criado no TinyURL.
Em alternativa, pode copiar o link curto
para uma ferramenta online como a
ExpandURL (www.expandurl.net), que
mostrará o endereço completo para onde
o link envia.
ANEXOS MISTERIOSOS
A não ser que seja inteiramente novo no
que respeita a emails, já deve saber que
nunca deve clicar num anexo de uma men-
sagem a não ser que saiba exatamente a
sua proveniência. O problema é que os
piratas têm vindo a complicar as coisas e
são muitas vezes capazes de enganar os
destinatários, levando-os a clicar no que
parece ser um anexo importante - por
exemplo, a fatura de um hotel onde nunca
esteve, um aviso de entrega desde uma
transportadora que diz precisar que o
pagamento seja feito de imediato, entre
muitas outras artimanhas.
Qual o risco?
O nível do risco depende do que para o que
foi desenhado o anexo malicioso, do que
faz uma vez que se clica nele. Tanto pode
infetar o sistema com código malicioso,
instalar ‘ransomware’ (resgata os dados
do computador até que o proprietário efe-
tue um pagamento), ou pode lançar um
ataque num site de terceiros. Seja como
for, não nos parece que seja algo inofensi-
vo, pelo que nunca deve clicar no ficheiro
anexo.
Como evitar
Anexos de email maliciosos por norma são
fáceis de descobrir porque, por norma,
vêm na forma de executáveis facilmente
identificáveis (com o sufixo .exe). Agora,
contudo, podem ser feitos para se parece-
rem com documentos, PDFs, fotografias,
entre outros. O truque passa simplesmen-
te por evitar clicar em qualquer anexo
oriundos de remetentes desconhecidos e
O ExpandURL mostra o destino do link encurtado antes de clicar no mesmo