575
MILHÕES
A UEFA vai
reembolsar as
cadeias televisivas
em 575 milhões de
euros devido à
interrupção da Liga
dos Campeões e
Liga Europa,
provocada pela
pandemia,
informou o
presidente da ECA:
“Estamos em
processo de
finalização das
contas, com uma
redução de cerca
de 575 M€ para as
competições
internacionais de
clubes.”
MILHÕES
A UEFA vai
reembolsar as
cadeias televisivas
em 575 milhões de
euros devido à
interrupção da Liga
dos Campeões e
Liga Europa,
provocada pela
pandemia,
informou o
presidente da ECA:
“Estamos em
processo de
finalização das
contas, com uma
redução de cerca
de 575 M€ para as
competições
internacionais de
clubes.”
OBSERVATORIO
TENHAM CUIDADO
Por uns pagarão os
outros
O
plano da Liga de Clubes
para garantir o despiste
da covid-19 entre os
jogadores, e que eu próprio
aqui tinha sugerido, é um passo
no sentido certo. Mas tratar a II
Liga de modo distinto – e
menos rigoroso – não deixa de
constituir um erro. De toda a
Europa nos chegam histórias
cada vez mais aflitivas de novos
casos da doença no desporto:
em números maiores, em
diferentes modalidades, entre
atletas e organizadores. Para
mais, é altura de o público
começar, ainda que devagar, a
voltar às bancadas dos recintos
desportivos. Quanto tempo é
que a Liga quer esperar até ter
os seus estádios de volta ao
normal?
MUDAR A LEI TODA
É aproveitar a
embalagem
P
roceder a alterações ao
regime jurídico das SAD
é a primeira intenção de
monta do secretário de Estado
do Desporto em algum tempo.
O que aconteceu no Feirense
será “inacreditável”, como ele
próprio diz, mas também
inevitável de uma série de
pontos de vista. E, já que
vamos mexer na lei, porque
não blindá-la também a
situações como as que
aconteceram (e acontecem)
no Belenenses, no Aves, no
Beira-Mar e em tantos clubes
que até já desapareceram?
O FUTURO O DIRÁ
Os milagres e as
máscaras
N
unca tive dúvidas de
que o Sporting e o
Braga iam entender-se.
O que não esperava era estes
resultados financeiros dos
leões. Resta perceber se a
realidade será tão boa como a
apresentação dada aos
números sugere.
Fora
da caixa
Joel Neto
ANTÓNIO BARROSO
bbb O presidente da ECA
(Associação Europeia de Clu-
bes), Andrea Agnelli, consi-
dera que a temporada
2020/21 será “muito desafia-
dora” a todos os níveis e que
existirão reduções significa-
tivas ao nível dos patrocínios
e de outras receitas dos clu-
bes, sublinhando que as per-
das no sector poderão atingir
os quatro mil milhões de eu-
ros até 2022.
As declarações do italiano,
que é também presidente da
Juventus, tiveram lugar na as-
sembleia bianual do organis-
mo. “Esta nova temporada
será muito, muito desafiadora,
tanto dentro quanto fora do
campo”, observou, acrescen-
tando que “prevê também
uma redução no valor dos acor-
dos comerciais, como o patro-
cínio nas camisolas, quando
tiverem se ser renovados.”
E adiantou que haverá que-
das nas receitas domésticas,
destacando os 430 M€ nas te-
levisões da Premier League e
uma outra de 200 M€ nos di-
reitos da Bundesliga. “As esti-
mativas apontam para uma
queda de quatro mil milhões
de euros nos próximos dois
anos. Isso poderá transformar-
se num cenário de crise na te-
souraria da maioria dos clubes,
que assim arriscam a sua pró-
pria existência”, disse Agnelli,
apontando para as conclusões
de um estudo sobre o impacto
económico da pandemia sobre
a indústria do futebol. O traba-
lho incidiu sobre dez ligas eu-
ropeias, mostrando que o im-
pacto deve ser pior na época de
2020/21. Sem contar com as
receitas de transferências, os
proventos dos clubes euro-
peus dos países analisados
(onde estão as principais ligas)
devem baixar 1,5 mil milhões
de euros (2019/20) e 2,1 mil
milhões de euros na próxima
época, num total de 3,6 mil
milhões de euros.
Extrapolando os resultados
para a totalidade das ligas eu-
ropeias, o impacto global nas
receitas pode ascender a qua-
tro mil milhões de euros.
Acrescentou ainda que, além
deste montante, há que con-
Clubes arriscam perdas
de quatro mil milhões
A ausência de público nas bancadas, ou a limitação destas, leva à perda de receitas no futebol
Andrea Agnelli, presidente
da ECA, alerta: os próximos
dois anos vão ser muito
complicados para os clubes
europeus. A falta de
dinheiro nas tesourarias
vai ser grande e o risco de
falência também
FUTEBOL A Associação Europeia de Clubes (ECA) estima quebra dramática
nas receitas durante os próximos dois anos, que afetará muitos emblemas
O presidente da ECA saudou todos os profissionais que
trabalham nos clubes e nas organizações de futebol pela
forma como ajudaram a concluir a maior parte dos
campeonatos durante a pandemia. “Se olharmos o que
enfrentamos nos últimos meses, as vidas que perdemos
na pandemia, podemos entender a extensão do que
aconteceu. Quero agradecer a quem possibilitou a
retomada dos campeonatos, à UEFA, ao seu presidente e
a todas as pessoas em campo que permitiram o final da
temporada. O adiamento do campeonato da Europa foi
uma decisão muito corajosa e por isso agradeço a Ceferin
e à UEFA.”
“Adiar o Europeu foi corajoso”
tar com uma quebra de “20 a
30%” do mercado de transfe-
rências.
Face à proibição da presença
de público nos estádios, depois
de um recuo estimado de 14%
nas receitas provenientes da
bilheteira na última época, a
temporada de 2020/21 deve
apresentar uma descida de
38,5%. Isto aliado à queda das
receitas de publicidade e pa-
trocínios, bem como dos direi-
tos televisivos, que, em con-
junto, também fazem subir o
peso dos salários sobre as con-
tas dos clubes, enfraquecendo
as estruturas mais frágeis.
“Um cenário
de crise na
tesouraria na
maioria dos
clubes, que assim
arriscam a sua
própria existência”
Andrea Agnelli
Presidente da ECA
Quarta-feira, 9 setembro 2020
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