Clipping Banco Central (2020-09-16)

(Antfer) #1

Brasília-DF


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU

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Autor: por Denise Rothenburg
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O medo de Bolsonaro é levar um cartão vermelho com o
fim do auxílio


O auxílio emergencial vai acabar, no final do ano, e
restará aos brasileiros o antigo Bolsa Família, ou seja,
valor menor em relação ao benefício pago hoje. Essa
redução aos valores do programa é vista, no Planalto,
como um risco à popularidade presidencial e sem a
marca do governo de plantão. É isso que tem tirado o
sono e o humor de Jair Bolsonaro, porque não há
recursos para a criação de um novo programa social, o
Renda Brasil, com valor próximo ao auxílio emergencial.
A saída para fazer do jeito que o presidente quer
significaria extinguir programas ou, pior ainda, aumentar
imposto, criar novas contribuições, congelar
vencimentos ou coisa que o valha. Até aqui, todas as
propostas discutidas foram descartadas porque trariam
mais desgaste político. Bolsonaro não quer nada que
possa baixar a sua recuperação de popularidade.


Porém, alguma briga terá de comprar para conseguir
crescer o orçamento para o programa.

Em tempo: na avaliação de muitos aliados, o presidente,
ao desistir das mudanças, abriu um flanco para a
oposição. Afinal, mostra que o governo está
abandonando projetos e preocupado apenas em
dividendos eleitorais. Não quer brigar com os atuais
servidores públicos, não quer terminar com benefícios
que atingem alguns grupos. Até as privatizações são
vistas com certa desconfiança, tiram espaço do poder
público que os militares consideram estratégicos e, de
quebra, reduzem os cargos para acomodação da nova
base ligada ao presidente. Nesse ritmo, vai passar por
este mandato apenas de olho no segundo.

Afina isso aí, capitãoLíderes aconselharam Bolsonaro a
unificar o discurso dentro da equipe econômica para
evitar o que houve a respeito do congelamento das
aposentadorias. Agora, vai ser assim: quem jogar ideias
ao vento, sem que tenha passado pelo Planalto, está
fora.

Guedes não pede para sair...O ministro da Economia,
Paulo Guedes, não pedirá demissão, o que ajudou a
segurar o mercado. Porém, a fala do presidente -- de
que daria cartão vermelho a quem aparecer com
propostas que prejudiquem alguns segmentos, como os
aposentados -- enfraqueceu ainda mais a equipe.

...porém, os problemas aumentamAs ameaças de
Bolsonaro deixam a equipe econômica insegura para
apresentação de propostas polêmicas. Conforme leitura
de alguns parlamentares, quem o fizer assina a carta de
demissão em seguida.

Reduziu, mas já foi melhorO Tribunal de Contas da
União (TCU) fechou a lista de contas julgadas
irregulares com implicação eleitoral este ano. Até aqui,
são 11.553 contas julgadas irregulares e 7.357 pessoas
implicadas. Os dados ainda serão atualizados até
dezembro. Em 2018, o número de contas irregulares
com implicação eleitoral foi maior, 12.512, com 8.057
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