Placar - Edição 1467 (2020-09)

(Antfer) #1

set | 2020 21


s recordes de Pelé eram acompanhados com interesse in-
comparável. Pouco depois de marcar seu milésimo gol, con-
tra o Vasco, em 1969, começou uma espécie de contagem re-
gressiva para o jogo de número 1 000. Em janeiro de 1971,
PLACAR publicou um resumo da carreira do Rei até então:
862 jogos pelo Santos, noventa pela seleção brasileira contra
outros países, dezoito pela seleção contra clubes, treze pela
seleção paulista “oficial”, dois pela seleção do sindicato, dez pelo time das Forças
Armadas e quatro pelo combinado Santos-Vasco. Total: 999. No dia 28 daquele
mês de verão, ao entrar em campo pelo Santos contra o Transvaal, do Suriname,
a nova marca seria enfim alcançada. Apenas três outros atletas tinham ido tão
longe: o goleiro soviético Lev
Yashin fez 1 787 jogos, o inglês
Stanley Matthews entrou em cam-
po 1 371 vezes (Pelé chegaria a 1 363
partidas) e o brasileiro Arthur Frie-
denreich teria atuado em 1 103 oca-
siões. PLACAR registrou o milési-
mo jogo de Pelé com exclusividade
na imprensa brasileira. Mandou
fazer uma camiseta (nas cores ver-
de e preta) com o número 1 000 na
frente, e o maior jogador de todos
os tempos entrou em campo, no
acanhado estádio de Paramaribo, a
capital surinamesa, vestindo, com
orgulho, a “nossa camisa”.

Pouco depois de marcar seu milésimo gol, em 1969, Pelé entrou numa
corrida para completar 1 000 partidas. O feito foi alcançado em 1971

o


a matemática


dO gêniO


“meus adversários imploraram para levar


como presente a camisa comemorativa de


PLacaR, mas eu mesmo fiz questão de


guardá-la como recordação.”


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