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(Segundo Deacon. The Regulation of Mar-
r/age in ambrym. op. cit., p. 33tJ. Os tra-
ços longos representam os homens, os tra-
ços curtos as mulheres. As flechas sepa-
ram as "linhas' no mesmo grupo bilateral
(bwelenJ.
Figura 5
o casamento de cada um deles e os filhos dele nascidos eram figurados
por linhas de comprimento diferente, colocadas à esquerda da linha prin·
cipal para o cônjuge, e à direita para os filhos. Os rapazes e as moças
eram diferenciados pelo comprimento do símbolo linear atribuído a cada
um. Os dois ciclos matrimoniais foram indicados por dois circuitos que
se fechavam em direções opostas. E todo o funcionamento do sistema
foi demonstrado com o auxílio deste esquema, de uma maneira que con·
corda perfeitamente com as hipóteses que se pode fazer partindo do
sistema teórico. "É perfeitamente claro que os indígenas (ao menos os
mais inteligentes) concebem seu sistema como uma mecânica bem or-
denada, que podem representar por meio de diagramas... Com base
nesses diagramas tratam os problemas de parentesco de maneira intei-
ramente comparável à que se pode esperar de uma boa exposição cien-
tífica realizada em uma sala de aula"."
Este autor emprega as mesmas expressões para descrever suas ex·
periências em Malekula, nas Novas-Hébridas, acrescentando: "Os homens
idosos explicaram-me seu sistema matrimonial com perfeita lucidez. Eu
próprio não poderia explicá-lo melhor... É uma coisa notável que um
indígena seja capaz de representar completamente, em forma de diagra·
ma, um complexo sistema de classes matrimoniais... Em Malekula pude
também recolher vários casos de extraordinária capacidade dos indígenas
para o raciocinio matemático. Espero poder provar... que os primiti-
vos são capazes de pensamento abstrato em grau muito adiantado". 11
Esta parece ser também a opinião de Bateson sobre os indígenas
da Nova Guiné. "É possível dizer que, em grande extensão, a cultura
do grupo é entregue à guarda de homens que colocam à disposição dela
sua erudição e talento dialético". Exercitam-se em controvérsias, tais co-
- A. B. Deacon, The Regulation Df Marriage in Ambrym. Journal 01 the Royal
Anthropological lnstitute, vaI. 57. 1927. p. 329-332 e nota, p. 329. - A. B. Deacon, Lettre à Haddon, cito por A. C. HaddaD, prefácio de Deacon,
Malekula .. ", op. cit., p. 23.
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