Nesta edição, a homenagem
é para ela: Clarice Lispector.
Aquela cujo sinônimo de vida era
“ser ímpar”. Aquela que, em suas
próprias palavras, escrevia para
nada e para ninguéme acreditava
serem,asleiturasdesuasobras,de
alto risco, deixando portanto essa
decisão totalmente por conta do
leitor.
A escrita, para ela, era o
resultadofataldeseuviver.Escrevia
porqueviviaou,talvez,viviaporque
escrevia? Não sei dizer, talvez ela
tambémnãosoubesse,sóseiquea
comunicação entre ela e eu
atravessa o portal do tempo.
Quando me vejo diante de seus
escritos,sintoacomunhãoperfeita,
otalestadoagudodefelicidadeque
elasereferia.
Neste ano em que ela
completaria 100 anos,euteconvido
a revisitar a obra desta grande
mulher, eu te convido para ler
comigo um texto lindo de Clarice,
nossa escritora maior, nossa
inspiração.
Por Marina Marino