Clipping Banco Central (2020-10-15)

(Antfer) #1

Banco Mundial, FMI e G20 alertam para endividamento de emergentes


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
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Autor: Eduardo Cucolo e Thais Carrança


são paulo Três dos principais organismos multilaterais
do mundo expressaram nesta quarta-feira (14)
preocupação com os efeitos da pandemia do
coronavírus sobre os países em desenvolvimento e
apontaram para um cenário de dificuldades para a
frente, com aumento do endividamento dos emergentes.


Enquanto a recessão é menos severa do que se temia
nas economias avançadas, na maioria dos países em
desenvolvimento tornou-se depressão, especialmente
para os mais pobres, avaliou o Banco Mundial.


"Nossos últimos dados econômicos e de pobreza
mostram uma desigualdade terrível causada pela
pandemia e por paralisações econômicas", disse o
presidente da instituição, David Malpass, durante
reunião de ministros de finanças e chefes de Banco
Central do G20 , grupo que reúne as maiores
economias do mundo.


Malpass afirmou que o que está sendo visto até o
momento é uma recuperação em forma de "K", sendo


que as economias avançadas são a perna de cima, que
segue em recuperação e têm conseguido dar suporte
especialmente para os seus mercados financeiros e
alguns trabalhadores.

"Para os países em desenvolvimento, especialmente os
mais pobres, que são aquela perna de baixo do 'IC, há
uma crescente e terrível recessão, ou depressão, por
causa da perda de empregos, receitas e remessas de
trabalhadores que estão no exterior."

No mesmo evento, os líderes do G20 ressaltaram a
necessidade urgente de controlar a pandemia e
prometeram "fazer o que for preciso" para apoiar a
economia e a estabilidade financeira global.

Em um longo comunicado a que a Reuters teve acesso,
eles concordaram, em princípio e pela primeira vez, com
um "arcabouço comum" para lidar caso a caso com o
número crescente de países de baixa renda que
enfrentam problemas de dívida, que deve ser finalizado
em uma nova reunião do grupo em novembro.

As autoridades do G20 concordaram em estender o
congelamento dos pagamentos oficiais da dívida
bilateral por seis meses e expressaram desapontamento
com a ausência de credores do setor privado no
processo de moratória.

O FMI calcula que as ações fiscais de combate à Covid-
19 somam US$ 11,7 trilhões (R$ 65,2 trilhões) em todo
o mundo, até 11 de setembro, próximo a 12% do PIB
global. Com isso, a relação entre dívida e PIB global
deve saltar de 83% para 98,7% neste ano.

"A resposta enérgica dos governos salvou vidas, apoiou
pessoas e empresas vulneráveis e mitigou as
consequências da pandemia na atividade econômica",
observou o FMI em comunicado divulgado também
nesta quarta. "No entanto, as consequências da crise
para as finanças públicas, combinadas com a perda de
receitas resultante da contração da produção, foram
enormes".
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