Clipping Banco Central (2020-10-15)

(Antfer) #1
Renda Cidadã pode cortar 3 milhões de famílias para caber no
Orçamento

Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Fábio Pupo


Brasília A dificuldade para encaixar o Renda Cidadã no
Orçamento fez as discussões sobre o programa
considerarem a possibilidade de diminuição na
estimativa de pessoas a serem atendidas. O programa
deve suceder o Bolsa Família.


lideres do governo no Congresso discutiam há menos
de um mês uma proposta que chegaria a 6 milhões de
famílias amais do que aquelas atendidas pelo programa
criado na era Lula (PT). Hoje, são pouco mais de 14
milhões.


O número havia sido anunciado pelo senador Márcio
Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021 e das
propostas do Pacto Federativo e Emergencial (criadas
pelo governo para cortar despesas).


"Estamos trabalhando para garantir renda para mais de
20 milhões de famílias", ele escreveu em 23 de
setembro em uma rede social.


Segundo relatos ouvidos pela Folha nos últimos dias, o


programa pode ter aproximadamente metade da
expansão anunciada. Com isso, deverá atender 3
milhões de famílias amais em relação a hoje.

Esse número considera uma média pouco superior a
três pessoas por família. Isso levaria o público novo a
quase 10 milhões de indivíduos.

O número está em linha com os citados pelo senador
mais recentemente, que falou em atender de 8 milhões
a 10 milhões de vulneráveis identificados durante a
pandemia.

Mesmo assim, governo e Congresso veem pouco
espaço para um programa social mais robusto em 2021.
A trava é o teto de gastos, norma constitucional que
impede o crescimento real de despesas.

As discussões têm como objetivo elevar o valor médio
dos amais R$ 190 do Bolsa Família para R$ 240.
Considerando a expansão de 3 milhões de recebedores,
seriam necessários R$ 49,5 bilhões ao ano, ou R$ 17,5
bilhões acima do orçamento atual do programa.

Pressiona as contas o desejo de lideranças políticas de
fazer as famílias chefiadas por mães solteiras
receberem o valor em dobro. Essa regra já existe no
auxílio emergencial.

Para que todo o programa caiba no teto de gastos,
alguns cortes são analisados. Porém, o cenário é
desafiador porque o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) barrou o congelamento do reajuste de
aposentados e a reformulação de outros programas
sociais.

A proposta de limitar precatórios também foi deixada de
lado após reação ruim do mercado. Com o veto nas
aposentadorias, a economia a ser gerada pela PEC
(proposta de emenda à Constituição) do Pacto
Federativo ficou comprometida.

Há um mês, o Ministério da Economia via como
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