MÔNICA BERGAMO
Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
Autor: Mônica Bergamo com Bruno B. Soraggi, Bianka
Vieira e Victoria Azevedo
DE MÃOS DADAS
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ingressou
no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma
representação contra o Conselho Regional de Medicina
de SP (Cremesp) pedindo a suspensão de um processo
ético-disciplinar em tramitaçãocontra o deputado federal
Alexandre Padilha (PT-SP).
DO CONTRA
Em 2019, um médico pediu que o conselho abrisse uma
sindicância por causa de um vídeo no qual Padilha, que
também é médico, criticou o aval do Ministério da Saúde
para a compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia
(conhecida como eletro-choque) para o SUS.
PROTESTO
“Loucura não se prende, loucura não se tortura”
afirmava o parlamentar. O Cremesp acolheu a acusação
de que a fala do deputado é sensacionalista e fere o
Código de Ética Médica.
MEGAFONE
Segundo a Mesa Diretora da Câmara, que pede a
suspensão do processo, a ação é ilegal e arbitrária, "em
ofensa aos princípios de liberdade de expressão e
opinião” do deputado. O caso será relatado pelo
ministro Ricardo Lewandowski no STF. O Cremesp não
comenta o tema.
LIVRE
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou
um projeto de lei para alterar o artigo do Código de
Processo Penal que baseou a soltura do traficante
André do Rap pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello.
leve Segundo o parlamentar, o objetivo é "evitar
situações estapafúrdias” e barrar a liberação automática
de presos.
SOLTO
Ele sugere “suprimir a equivocada menção à ilegalidade
da prisão preventiva” e "prever que a revisão da medida
será feita pelo juiz a requerimento da parte, ouvido o
Ministério Público”.
FORA
Uma instituição reconhecida pela Prefeitura de SP como
ponto de cultura está ameaçada de despejo pelo próprio
órgão. Localizado na região do Campo Limpo, na zona
sul, o Espaço Cultural Cita realiza oficinas, eventos e
festivais gratuitos há cerca de dez anos.
RELÓGIO
No dia 7 de outubro, a Subprefeitura de Campo Limpo
deu dez dias para desocupação, alegando risco por
cupins e falta de manutenção.