CNI prevê queda de 4,2% no PIB
Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Economia
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto
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Autor: SIMONE KAFRUNI
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê
crescimento de 9% do Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro, no terceiro trimestre, em relação aos três
meses anteriores, devido à forte recuperação da
economia entre julho e setembro. O PIB industrial deve
crescer 10% nessa mesma comparação. A retomada da
indústria, porém, não será capaz de reverter a queda
anual na quantidade de bens e serviços produzidos no
país, que terminará o ano com retração de 4,2%
Os dados constam do Informe Conjuntural da CNI,
divulgado ontem pela entidade. A previsão para o PIB
industrial é de queda de 4,1%. O presidente da CNI,
Robson Braga de Andrade, explicou que a recuperação
da crise está sendo rápida, mas que não se pode
confundir recuperação dos efeitos da crise provocada
pela pandemia da covid-19 com retomada do
crescimento econômico.
Para ele, o crescimento acima do patamar pré-covid não
está garantido. "A redução progressiva dos estímulos
fiscais do período da pandemia tornará visível as
barreiras estruturais que o país enfrenta. Sem avanços
na agenda de reformas, em especial da tributária, a
economia brasileira não sairá da armadilha da renda
média", disse.
EmpregoConforme a CNI, quando foi atingida pela
pandemia, a economia brasileira ainda não tinha
reencontrado o caminho do crescimento e acumulava
queda de mais de 6% em dois anos, 2015 e 2016,
registrando expansão pouco superior a 1% nos anos
seguintes. A produção industrial está estagnada desde
- Porém, os últimos meses deste ano devem
mostrar trajetória de recuperação da produção e do
emprego no setor.
A expectativa é de que o segundo semestre mostre
retomada do emprego até novembro. "Dezembro
normalmente registra saldo líquido negativo de
empregos, o que vai fazer com que o resultado anual de
postos de trabalho com carteira assinada não se afaste
muito do resultado acumulado até agosto, de cerca de
850 mil vagas fechadas", projeta o estudo da CNI.
O retorno de parte mais expressiva da população à
força de trabalho, com mais trabalhadores à procura de
uma vaga, deve fazer com que a taxa de desemprego
suba. Apesar disso, a CNI estima que mais pessoas
consigam se reinserir no mercado de trabalho, e calcula
que a taxa média de desocupação fique em 13,5%, em
2020, 1,6 ponto percentual acima do registrado em
2019, quando alcançou 11,9% da força de trabalho.
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