Clipping Banco Central (2020-10-22)

(Antfer) #1

Crédito "verde" ainda engatinha


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
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Autor: SIMONE KAFRUNI


Os empréstimos bancários corporativos para iniciativas
sustentáveis dobraram desde 2013, de 11% para 22%
do total, em 2019. No entanto, precisam avançar mais.
Isso porque mais da metade do crédito concedido a
empresas foi para investimentos em atividades de risco
às mudanças climáticas. A afirmação foi feita pelo ex-
presidente da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) Murilo Portugal, durante o evento "Rumo a
um sistema bancário mais verde: o caso do Brasil",
promovido pela entidade em parceria com o Banco
Central (BC) e o Bank for International Settlements
(BIS).


Segundo Portugal, desde 2013, a Febraban começou a
medir a proporção dos empréstimos bancários com
relação a atividades ambientais das empresas. A média
anual passou de 11,6% para 27,6% em 2017, depois
caiu para 20,8% em 2018, e se fixou em 22% no ano
passado. "O que não é medido não é administrado
direito", justificou. Os dados apontam, no entanto, que


53% dos empréstimos são expostos às mudanças
climáticas. "Temos que examinar as oportunidades e
obstáculos na expansão no financiamento verde", disse
ele.

A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de
Riscos Corporativos do BC, Fernanda Nechio, explicou
que a autoridade monetária já tem testes de estresse
relacionados a riscos climáticos, que serão aprimorados
nos próximos meses. "A economia verde entrou na
nossa agenda em setembro. Já temos outros pilares,
como educação financeira, diversificação de ativos, que
conversam entre si e com sustentabilidade. São
integrados", disse.

O objetivo de incluir o pilar sustentabilidade,
acrescentou Fernanda, é garantir solidez ao sistema
bancário. "Choques climáticos afetam preços relativos,
portanto afetam política monetária. Eventos extremos
põem em risco o sistema financeiro nacional", justificou.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, ressaltou que a
pandemia mostrou a vulnerabilidade da economia aos
fatores naturais. "Deixou claro que devemos ter atitudes
positivas em relação à natureza. O setor bancário
sempre esteve atento à necessidade do
desenvolvimento sustentável. Mas temos como avançar
mais rapidamente, tanto na gestão de riscos
socioambientais, quanto na promoção de oportunidades
mais alinhadas com a conjuntura internacional",
assinalou Sidney.

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