€1 160
MILHÕES
ANTÓNIO SILVA
RODRIGUES E RUI
PAULO RODRIGUES
Grupo Simoldes, Banco BIG,
BCP, imobiliário e ações
O fundador do grupo Simoldes,
António Silva Rodrigues, continua
a engrandecer o património que
um dia será do filho, Rui Paulo
Rodrigues, a quem já passou uma
parte. O empresário de Oliveira
de Azeméis não para de investir
em novas unidades industriais,
um pouco por todo o mundo. Não
conseguiu ainda atingir a faturação
de mil milhões de euros, prevista
para 2020, mas o grupo está a
aproximar-se depressa desta
fasquia. Em 2019, registou um
volume de negócios superior a
€800 milhões, mas, com as novas
aquisições em estudo, ultrapassará
este montante já em 2021.
O embrião do grupo remonta a
1959, quando o empresário, ainda
muito jovem, se juntou ao avô e
fundaram a Simoldes Aço, com
apenas cinco trabalhadores. Hoje
emprega cerca de quatro mil funci-
onários e tem presença global. Ano
após ano, tem investido em novas
unidades um pouco por todos
os continentes e hoje é um dos
principais complexos industriais
na área dos moldes de injeção e
plástico no mundo. São cerca de 30
as unidades industriais do universo
Simoldes, metade instalada em
território europeu. A indústria auto-
móvel é um dos principais destinos
da sua produção.
Além da área industrial, o empre-
sário detém ainda investimentos
no setor financeiro. Fez parte da
equipa fundadora do Banco BIG
que nasceu em 1998, do qual de-
tém uma participação significativa
- e continua a reforçá-la –, e man-
tém uma pequena percentagem do
BCP. A família investiu ainda numa
atrativa carteira de ações em diver-
sas multinacionais e é proprietária
de um vasto património imobiliário.
Mantêm-se, assim, firmes no Top
10 dos mais ricos de Portugal.
€1 115
MILHÕES
NUNO, PAULO
E CLÁUDIA AZEVEDO
Efanor SGPS, Sonae SGPS, Sonae Capital,
Sonae Indústria, Sonae MC – Modelo
Continente, sociedades agrícolas
Com a dispersão do capital
do Grupo Sonae em bolsa, o
património, edificado a pulso
pelo empresário de Marco de
Canaveses, apesar de sólido,
fica mais volátil em relação à
avaliação dos mercados. Bel-
miro de Azevedo, falecido em
novembro de 2017, foi, durante
anos, o homem mais rico de
Portugal e construiu o seu
império em torno da indústria,
com origem numa empresa
designada Sonae – Sociedade
Nacional de Estratificados.
A aposta na indústria foi o
caminho seguido até chegar à
diversificação dos negócios em
vários outros sentidos: distribui-
ção, turismo, telecomunicações.
Hoje, os três sucessores do
empresário, Nuno, o mais velho
dos três filhos, Paulo e Cláudia,
a mais nova, dispõem de ações
do império fundado pelo pai em
empresas como a Sonae SGPS,
Sonae MC, a Sonae Capital, a
Sonae Indústria e a Sonaecom,
estruturadas numa holding
familiar, a Efanor SGPS.
Os herdeiros voltaram, mais
uma vez, a descer na lista,
penalizados com a quebra
da cotação das ações das
empresas do universo Sonae.
Cláudia Azevedo, atualmente
presidente-executiva do grupo,
anunciou, em agosto último, os
resultados do primeiro semes-
tre do ano, fase marcada pela
forte crise sanitária mundial.
O confinamento e a redução
de atividade de muitas das
empresas do grupo levaram ao
expectável impacto nas contas.
Apesar de as vendas terem
crescido 6%, atingindo os €3,1
mil milhões, os lucros passaram
a prejuízos que chegaram aos
€75 milhões.
A Efanor SGPS reforçou, neste
verão, a sua participação na
Sonae Indústria, passando a
deter quase 50% dos títulos, e
na Sonae Capital (dedicada à
área do turismo), que passou a
controlar com cerca de 80% do
capital. Estas duas empresas,
juntas, valem em bolsa cerca de
€220 milhões.