OS 25 MAIS RICOS DE PORTUGAL
FAMÍLIA SILVA
DOMINGUES
Grupo BA Glass, Fim
do Dia SGPS, Tangor Capital,
Atanágoras Imobiliária,
Euroatla, Euronave
O grupo BA Glass é também um
dos grandes conglomerados
industriais portugueses com
presença internacional. Presente
em sete países com um total de 12
fábricas, a companhia produz cer-
ca de oito biliões de garrafas por
ano e emprega quase quatro mil
funcionários. O grupo teve na sua
origem a sociedade Barbosa e Al-
meida, fundada em 1912, que, com
o passar dos anos, foi crescendo,
mudando de nome e de mãos.
Chegou a ser cotada em bolsa e a
pertencer ao grupo Sonae.
A família Silva Domingues está
ligada à sociedade Barbosa e
Almeida desde 1986, data em
que o empresário José Augusto
da Silva Domingues comprou
a participação da Sogrape e da
Vinícola do Dão, passando, assim,
a controlar 80% do capital da
sociedade. Em 2003, os herdeiros
de Silva Domingues, Francisco e
Rita Silva Domingues, adquiriram a
empresa, em parceria com Carlos
Moreira da Silva, ex-quadro da
Sonae, através de um processo
de MBO – Management Buy Out.
Com um volume de negócios de
quase mil milhões de euros, um
EBITDA de €303 milhões e lucros
de €148 milhões, a família tem
uma participação que lhe confere,
a par de outros bens, uma parcela
de €441 milhões.
€ 441
MILHÕES
NUNO MACEDO SILVA
Grupo RAR, RAR Açúcar, Colep,
Vitacress, Imperial, RAR Imobiliária
A génese do grupo RAR situa-se no negócio do
açúcar, quando, em 1962, João Macedo Silva fundou,
no Porto, a RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas.
Quase seis décadas depois, o legado do fundador
transformou-se num grupo de empresas industriais
de várias áreas de atividade, do qual fazem agora
parte, além da original RAR Açúcar, a RAR Imobiliária,
a Colep, a Vitacress, a Imperial e a Acembex.
Na condução dos negócios desde a morte do pai,
em 2000, Nuno Macedo Silva controla o grupo
com 90%, detidos através da holding Siel SGPS. Os
restantes 10% estão na mão do irmão, Rui Macedo
Silva, a quem o empresário comprou parte do patri-
mónio herdado pelo pai.
O grupo não teve um exercício fácil em 2019. O
volume de negócios foi idêntico ao de 2018, de
€781 milhões, mas o EBITDA consolidado caiu para
cerca de €60 milhões, o que fez baixar um pouco
a avaliação da fortuna do empresário, neste ano.
Com receitas de apenas €60 milhões, a RAR Açúcar
contribuiu cada vez menos para o crescimento do
negócio, ao contrário da Colep, empresa produtora
de embalagens que contribuiu com €410 milhões
para o bolo total das vendas.
O grupo emprega cerca de 4 200 pessoas, sendo que 2
500 dizem respeito à Colep. A área agroindustrial ins-
talada em Odemira, que labora com a marca Vitacress,
registou um crescimento forte em 2019 e já emprega
mais de 1 500 colaboradores, registando
vendas de €150 milhões.
CARLOS MOREIRA
DA SILVA
Grupo BA Glass, Teak Capital,
Fim do Dia SGPS, Horizon
Equity Partners
Carlos Moreira da Silva era quadro supe-
rior do grupo Sonae quando foi desafiado
por Belmiro de Azevedo a liderar uma
empresa que estavas prestes a adquirir, a
Barbosa e Almeida. Não estava inclinado
a aceitar, a menos que pudesse ser aci-
onista, repto a que Belmiro de Azevedo
acedeu. Deu-se assim a sua entrada
na Barbosa e Almeida, empresa que
mais tarde viria a comprar na totalida-
de através de um processo de MBO
- Management Buy Out, em parceria
com a família Silva Domingues.
Hoje, o grupo está quase a chegar
aos mil milhões de euros de recei-
tas e atingiu, em 2019, lucros de
perto de €150 milhões. Carlos
Moreira da Silva afastou-se,
em maio último, da equipa de
topo, em que ocupava a fun-
ção de chairman. Cedeu esta
posição a Paulo Azevedo,
filho de Belmiro de Azevedo,
que já era administrador não
executivo da companhia.
A fatia do empresário nacional,
quer na BA Glass quer em outros
negócios, confere-lhe uma fortuna
de €430 milhões, partilhada com a
esposa Fernanda Almeida Arrepia, na
holding Teak Capital.
€418,5
MILHÕES
€430,5
MILHÕES