(^42) VIAJEMAIS
BRUGES, ENVOLTA
EM MAGIA HISTÓRICA
Tal como a beleza de uma
top model consagrada, ninguém
ousa questionar a formosura de
Bruges. Pudera, a cidade medie-
val belga, estabelecida em 1128,
respira um ar de conto de fada
que leva os visitantes a séculos
distantes, a apenas 55 minutos
de trem de Bruxelas. Tal como
Hogwarts de Harry Potter, o de-
licado emaranhado de casinhas
perfeitinhas, igrejas suntuosas,
pontes e canais multicentenários
realça um sentimento de que
contos de fada são plausíveis.
De que pedra sobre pedra cons-
troem sonhos, como a Torre Bel-
fort, onde é possível subir 366
degraus e contemplar um da-
queles panoramas inesquecíveis.
O esforço vale porque os olhos
alcançam além do horizonte: lá
de cima se avista a história.
A começar pela Praça do Mer-
cado, a alma da cidade. Além da
grande torre, cujo térreo abriga
um esquisito e deslocado Museu
Salvador Dalí, se destaca o Pa-
lácio Provincial, sede do gover-
no regional aberta à visitação, e
também inúmeros cafés e barzi-
nhos, em edifícios antiquíssimos.
Nada mais turístico, para o bem
e para o mal – compare os pre-
ços prometidos e sua conta. Mas
sentar ali e ver o movimento é
uma dessas coisas que engran-
decem o espírito de quem viaja.
Evite o clichê de passar apenas
um dia em Bruges. Sinceramen-
te, pela grande quantidade de
atrativos e de bons restaurantes,
vale a pena dormir duas noites
na cidade, pelo menos.
Os tours geralmente correm
ao longo de um dia e apontam
os mais notáveis pontos turísti-
cos. Só que Bruges é um daque-
les cantinhos do mundo em que,
mesmo sendo turista, é legal en-
trar na ilusão de não ser. Nem
FELIPE MORTARA
FELIPE MORTARA
Construída em 1128,
Bruges respira, até hoje,
ares de conto de fada
antfer
(Antfer)
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