CAPA Alemanha
ZÜRICH WEST
O
bairro pop-underground-chi-
que de Zürich West é onde o
dadaísmo ainda vive. Em processo
de revitalização, o antigo distrito
industrial mais se assemelha a
um barulhento canteiro de obras
em caos permanente. Aos poucos,
porém, o turista vai se deixando
cativar pelo estilo da região, onde
nada é o que aparenta. Vistos de
longe, muitos restaurantes, teatros
e baladas passam a impressão de
serem meros galpões ou fábricas
abandonadas. Mas basta aproxi-
mar-se para ver que a vida pulsa
lá dentro, e com sofisticação.
Várias lojas no Viadukt – espécie
de shopping erguido sob os arcos
de um enorme viaduto que corta
o bairro – têm peças de design
único e ingredientes exclusivos.
É o caso do mercado Markthalle,
onde se pode comprar cervejas or-
gânicas raras, feitas por pequenos
produtores locais, e queijos únicos
trazidos dos Alpes.
FOTOS
: NATÁLIA
MANCZYK
e a Kunsthaus (Casa de Arte), cuja
pequena entrada pode enganar os
desavisados. Ela é gigantesca no ta-
manho e no acervo, que inclui obras
de todos os mestres, como Monet,
Picasso, Degas e Van Gogh.
Na abastada Zurique, o símbolo
da riqueza é a Bahnhofstrasse, a rua
da grande estação de trem. Além da
profusão de insitituições bancárias,
ela marca o que há de mais luxu-
oso em consumo. Lá, grifes como
Louis Vuitton, Armani, Chanel e
Gucci disputam as atenções com
vitrines fartas em canivetes Victori-
nox, relógios Rolex e os irresistíveis
bombons da Sprüngle.
A Bahnhofstrasse também é im-
portante por dividir a cidade em
duas: a “nova”, do século 19, e a
velha, que concentra casas de 700
anos atrás e as três igrejas principais:
a Fraumünster, a Grossmünster, e
a St. Peter, que tem a sorte de ser a
dona de uma das melhores vistas
da cidade.
Van Gogh e uma
escultura de
Rodin no ótimo
museu Kunsthaus
A estação central
de Zurique tem ótima
estrutura, com muitas
lojas e lanchonetes