Sinopses de Livros - Vol. 136

(PPN5112) #1

Marcos Napolitano, conhecido historiador da USP, discute neste livro sólido e bem escrito as principais questões desses “anos
de chumbo”.


A ditadura durou muito graças ao apoio da sociedade civil, anestesiada pelo “milagre” econômico?


Foi Geisel, com a ajuda de Golbery, o pai da abertura, ou foi a sociedade quem derrubou os militares do poder? Como era o dia a
dia das pessoas durante o regime militar? Como a cultura aflorou naquele momento? O que aconteceu com a oposição e como


ela se reergueu? Qual a reação da sociedade (e do governo) à tortura e ao “desaparecimento” de presos políticos?


Obra de historiador, livro obrigatório para quem quer compreender o Brasil, uma síntese brilhante.


GISELLE RÔÇAS E OUTROS (ORGS.) - ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA


A arte de escrever um texto se assemelha a de construir uma casa ou a de produzir um filme.


É preciso edificar, e isso dá trabalho e leva tempo: da escolha do terreno e conhecimento de suas propriedades como solo,
incidência de luz etc., à elaboração do projeto executivo, construção da fundação e toda a estrutura que dá sustentação à casa, à
alimentação hidráulica e elétrica e o escoamento de esgoto, à opção (ou não) pelas divisórias dos ambientes, até o acabamento
final e a decoração e paisagismo.


Assim também se dá a escrita de um texto, quando ideias são selecionadas, nos permitindo imaginar, e um projeto é elaborado
para, depois, edificarmos com todo o trabalho que demanda o ato de escrever.


É justamente a falta de amarras para a liberdade de criação que marca este livro que apresentamos a comunidade interessada em
ensino – “ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA”: reflexões acerca de processos formativos na área de ensino e o lugar da escola.


Nessa metáfora, o livro é o filme-sequência, as cenas são os capítulos e os planos são os parágrafos, ou mesmo as frases, que
criam o argumento das cenas-capítulos, que vão de encontro ao que chamamos de “TecnoCinismo”, salvacionista da qualidade
da educação pública brasileira.


Advogamos pela autonomia institucional (escola/academia) e profissional (pesquisador/professor), e defendemos o papel da
academia / programas de pós-graduação primeiro como espaço de diálogo (interno e externo) e formação de recursos humanos
antes da catapulta que visa alavancar publicações em busca do “status de pesquisador”.


Como docentes atuantes em cursos de mestrado e doutorado profissional em ensino de ciências, formadores de professores e
que, portanto, também nos formamos, entendemos que o principal produto de um programa de pós-graduação profissional é o
profissional, e não a materialidade do produto ou do processo em si.


Nessa linha, é preciso valorizar a memória, as narrativas. Esperamos que façam uma boa leitura e que possam refletir e conversar
conosco.
A escolha do título não é por acaso e ela já sinaliza nossa paixão comum pelas artes, em especial pela literatura e pelo cinema.

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