Andréa Mascarenhas
| elipses |
o que me sopra
nesse oxigênio de fármaco
leva
a imagens que sangram
resignada:
espelho alheio
assim insiste
em me refletir
se não teimo,
planto
uma terceira manhã de
desempate
descarto sentimento de culpa
em rama
que me sobe pelos pés
igual a ânsia sem dono
perdida em todo chão
borboleta negra me empresta um
átimo de coragem,
dessas
capazes
de revirar o mundo
com um pequeno precipitar de
pensamento
sim,
lamento e
choro