VIAJEMAIS^95que restou do Lago Texcoco, par-
cialmente soterrado na construção
da cidade. Neles navegam simpá-
ticas jangadas coloridas, as trajine-
ras, que levam famílias inteiras a
um passeio bem alegre, com clima
de churrasco de domingo. Tais em-barcações têm mesas e cadeiras, e
capacidade para 20 pessoas a bordo.
Algumas delas levam bandas de ma-
riachis, que fazem minisshows pri-
vados por um modesto cachê de
300 pesos (R$ 70), enquanto outras
vendem comidas, doces, bebidas...
O resultado é uma festa flutuante
nos canais de Xochimilco, que, des-
de 1987, é tombado pela Unesco
como Patrimônio da Humanidade.
No Embarcadero Nativitas, uma
das entradas para os canais, há uma
feira de artesanato e de comidas tí-
picas, onde se vendem, por exem-
plo, maçã do amor com pimenta- os mexicanos colocam pimenta
em tudo, até nas frutas – e os fami-
gerados chapolines, grilos fritos que
eles comem feito amendoim. O per-
sonagem Chapolin Colorado, do
seriado de TV homônimo, foi jus-
tamente inspirado nesses grilinhos
avermelhados. É uma das iguarias
mais exóticas da gastronomia me-
xicana (veja o box na pág. 100).OUTROS GRANDES PERSONAGENS
Um dos grandes baratos da ci-
dade são os museus. Há 188 deles.
Só Londres tem mais museus do
que a capital do México. O Dolores
Olmedo traz a maior coleção de
obras de Diego Rivera (1886-
1957), o grande pintor mexicano
que era casado com Frida Kahlo.
O acervo desse complexo deriva
da coleção pessoal da bilionária em-
presária Dolores Olmedo, que foi
amante de Rivera durante muitos
anos, o que em parte explica sua
predileção pelas obras do artista.
No arborizado bairro de Coyo-Acima, detalhe da fachada com
azulejos na parte histórica da
capital; ao lado, as trajineras
nos canais de XochimilcoSHUTTERSTOCKA Catedral
Metropolitana, na
Plaza Zócalo,
no centro histórico da
Cidade do México