VIAJEMAIS^23
tir até umas 2h da madruga, quando
a música começa a estourar nos fa-
mososboliches, como os uruguaios
chamam suas baladas. Casas super -
indicadas para virar a noite na pista
são o La Trastienda Club, que recebe
bandas indieslatinas, e a Phonote-
que, com DJs e som eletrônico.
ANTIGO SIM, MODERNO TAMBÉM
Até o tradicional centro histórico,
chamado de Ciudad Vieja, dá sinais
de modernidade, vide as paredes
grafitadas pelo artista Alfalfa, que
pinta criaturas marítimas gigantes,
as quais dão cor e graça a muitas
cons truções de séculos passados.
Ciudad Vieja é o principal cor-
redor turístico de Montevidéu, e
a boa é começar o passeio pela
Plaza Independencia, que guar-
da pontos emblemáticos como
o Palácio Salvo, de 1928 e por
muitos anos o edifício mais alto da
América do Sul, e a estátua equestre
do general Artigas, herói da inde-
pendência uruguaia. O roteiro his-
tórico deve incluir também o mag-
nífico Teatro Solís, prédio neoclás-
sico de 1856, onde se pode fazer
uma visita guiada, e a Calle Saran -
dí. Esse calçadão leva à Catedral Me-
tropolitana e contorna a Plaza de la
Constitución, a mais antiga da cidade
- que, nas manhãs de sábado, recebe
uma feira de antiguidades e artesa-
nato –, alcançando o Cabildo, sede
da prefeitura nos tempos coloniais.
Como Ciudad Vieja vem mos -
trando a convivência harmônica en-
tre a capital que se orgulha do pas-
sado e a que está antenada com o
século 21, na hora que a fome bater
você pode apostar em restaurantes
tradicionalíssimos, tipo o Café Bra-
silero (Calle Ituzaingó, 1.447), gra-
fado assim mesmo, sem “i”, na ativa
des de 1877, ou em casas que são a
cara dos tempos modernos. É o
caso do Jacinto (Calle Sarandí, 349),
da chef Lucía Soria, treinada pelo
top cozinheiro argentino Francis
Mallmann. A pedida é o menu do
jantar, de influências italiana e es-
panhola e preparado com ingredien-
tes locais orgânicos, ou simplesmente
os pães e doces do lugar.
TALES
AZZI