42 VIAJEMAIS
A PRAÇA ZÓCALO
O marco zero da cidade é a Pra-
ça Zócalo, onde fica a monumental
Catedral Metropolitana, construída
a partir de 1573, e o Palácio Na-
cional, logo ao lado, aberto à visi-
tação e com lindos murais de Diego
Rivera. Para ganhar a melhor vista
desta que é a terceira maior praça
do mundo, fui ao restaurante no
último andar do hotel Best Western
Majestic, que desde 1937 recebe
os hóspedes. É a dica. Dali, em uma
curta caminhada, você verá mais
uma série de edifícios históricos
que deram ao centro da Cidade do
México o título de Patrimônio daHumanidade pela Unesco, até che-
gar ao Palácio de Belas-Artes, o qual,
com sua fachada de mármore bran-
co, tornou-se um principal templo
de grandes concertos da capital.
Em matéria de cultura, há dois
museus que não se pode perder. O
Soumaya, mais um que já valeria
só pelo design, montado pelo bi-
lionário Carlos Slim em homena-
gem à esposa falecida. Como ela
gostava muito de Rodin, Slim fez
o possível e o impossível e colocou
ali a segunda coleção mais impor-
tante de Rodin no mundo. Há um
andar inteiro só com obras do es-
cultor francês. O Soumaya tambémexpõe obras de Cézanne, Modigli-
diani, Chagall e Courbet, entre ou-
tros do mesmo calibre.
O mais turístico, entretanto, é
o Museu Nacional de Antropologia,
com 23 salas que abrigam a maior
coleção de objetos e esculturas das
civilizações que habitaram o Mé-
xico antes da chegada dos espa-
nhóis. Uma só visita não basta para
ver tudo, mas não perca a Pedra do
Sol, um monolito de 25 toneladas
datado do século 15. Também são
impressionantes uma cabeça do
tempo dos olmecas com 20 tone-
ladas, feita entre 1.200 e 600 a.C.
e a sala com artefatos de Teotihua-
cán para ver o que estaria nas pirâ-
mides que você visitou.CULTURA PICANTE
Dois dias visitando a capital, eu
já podia cravar: a Cidade do México
não é daqueles lugares com tradi-A tríade de
grandes museus
da Cidade do
México: o
contemporâneo
Soumaya; a Casa
Azul, de Frida
Khalo; e o Museu
Nacional de
AntropologiaSHUTTERSTOCKFOTOS: NATÁLIAMANCZYK