Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
Por reduzirem a variabilidade, variáveis mais precisas possibilitam uma
diminuição do tamanho de amostra necessário para estudos analíticos e
descritivos. Mesmo uma mudança pequena na precisão pode ter um efeito
significativo. Por exemplo, na estimativa do tamanho de amostra com um
teste t, um decréscimo de 20% no desvio-padrão da variável de desfecho
resultaria em um decréscimo de 36% no tamanho da amostra. Técnicas
para aumentar a precisão de uma variável, tais como medidas em
duplicata, são apresentadas no Capítulo 4.

Usar tamanhos desiguais para os grupos


Estudos com número igual de sujeitos nos dois grupos geralmente
alcançam o maior poder estatístico para um dado número total de sujeitos.
Dessa forma, as Tabelas 6A, 6B.1 e 6B.2 nos apêndices pressupõem
tamanhos iguais de amostra nos dois grupos. Às vezes, no entanto, a
distribuição de sujeitos não é igual nos dois grupos, ou é mais fácil ou
mais barato recrutar sujeitos para um grupo que para o outro. Pode
acontecer, por exemplo, de um investigador querer estimar o tamanho de
amostra para um estudo comparando os 30% dos sujeitos de uma coorte
que fumam com os não 70% que não fumam. Outro exemplo seria um
estudo de caso-controle em que o número de indivíduos com a doença é
pequeno, mas em que é possível selecionar um número muito maior de
controles. Em geral, há um ganho considerável de poder quando o
tamanho de um grupo é o dobro do tamanho do outro; no entanto, triplicar
e quadruplicar o tamanho de um dos grupos fornece ganhos
progressivamente menores. Os tamanhos de amostra para grupos
desiguais podem ser computados a partir das fórmulas encontradas no
texto dos Apêndices 6A e 6B ou em calculadores de tamanho de amostra
em softwares estatísticos ou na internet.
A seguir, apresentamos uma aproximação útil (30) para estimar o
tamanho de amostra para estudos de caso-controle sobre fatores de risco e
desfechos dicotômicos, usando c controles por caso (Exemplo 6.9). Se n
representa o número de casos necessários quando há 1 controle para cada
caso (para α, β. e magnitude de efeito especificados), então o número
aproximado de casos (n') necessários quando há cn' controles é:
n' = [(c + 1)] ÷ 2c ] × n
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