em recém-nascidos nos Estados Unidos, dois estudos que mostraram
um aumento de duas vezes no risco de câncer infantil em crianças que
receberam vitamina K por via intramuscular causaram bastante
polêmica (4, 5). Para investigar essa associação mais detalhadamente,
investigadores alemães (6):
- Selecionaram a amostra de casos. 107 crianças com leucemia nos
Registros de Câncer Infantil da Alemanha. - Selecionaram a amostra de controles. 107 crianças pareadas por
sexo e data de nascimento e selecionadas aleatoriamente entre as
crianças que moravam na mesma cidade que os casos no momento
do diagnóstico (com base nos registros residenciais fornecidos
pela prefeitura). - Mediram a variável preditora. Revisaram registros médicos para
determinar quais casos e controles haviam recebido vitamina K IM
logo após o nascimento.
Os autores descobriram que 69 dos 107 casos (64%) e 63 dos 107
controles (59%) haviam sido expostos à vitamina K IM, com uma
razão de chances (odds ratio) de 1,3 (intervalo de confiança [IC] de
95%, 0,7 a 2,3). (Veja Apêndice 8A para o cálculo.) Portanto, esse
estudo não confirmou a associação entre a aplicação de vitamina K
IM logo após o nascimento e a subsequente leucemia infantil. A
estimativa-ponto e o limite superior do IC de 95% deixaram em
aberto a possibilidade de um aumento clinicamente importante da
leucemia na população da qual foram selecionadas as amostras,
porém vários outros estudos e uma análise usando um grupo-controle
adicional no estudo descrito nesse exemplo também não confirmaram
a associação (7, 8).
Os estudos de caso-controle surgiram como estudos epidemiológicos
que buscavam identificar fatores de risco para doenças. Por esse motivo, e
também para facilitar a discussão, consideramos como “casos” aqueles
indivíduos que têm a doença. No entanto, o delineamento de caso-
controle também pode ser usado para examinar outros desfechos
incomuns, como invalidez em indivíduos já doentes. Além disso, quando
desfechos indesejados são a regra e não a exceção, os casos em um estudo