dos desfechos.
TABELA 10.2 A randomização elimina o confundimento por variáveis basais, e o cegamento elimina o
confundimento por cointervenções
EXPLICAÇÃO PARA A
ASSOCIAÇÃO
ESTRATÉGIA PARA ELIMINAR A
EXPLICAÇÃO RIVAL
- Acaso Igual a estudos observacionais
- Viés Igual a estudos observacionais
- Efeito-causa (Não é uma explicação possível em
estudos experimentais) - Confundimento Variáveis confundidoras pré-
randomização
Variáveis confundidoras pós-
randomização (cointervenções)
Randomização
Cegamento
- Causa-efeito
Como já discutido anteriormente no item Escolha do controle, o uso do
cegamento para prevenir o viés decorrente de cointervenções –
medicamentos, terapias ou comportamentos além da intervenção sob
estudo e que alteram o risco de desenvolver o desfecho de interesse. O
segundo objetivo importante do cegamento é minimizar vieses na
avaliação e na adjudicação dos desfechos. Em um ensaio não cego, o
investigador pode estar inclinado a buscar com maior atenção desfechos
no grupo que não recebe tratamento ou mesmo a diagnosticar o desfecho
com maior frequência nesse grupo. Por exemplo, em um ensaio não cego
sobre estatinas, pode haver uma tendência a perguntar a participantes do
grupo experimental sobre dores musculares, levando à solicitação de
exames para estabelecer o diagnóstico de miosite. O cegamento dos
sujeitos é particularmente importante quando os desfechos forem
baseados no autorrelato de sintomas.
Após a identificação de uma possível ocorrência do desfecho, pode ser
necessário adjudicá-lo. Por exemplo, quando o desfecho do ensaio clínico
é infarto agudo do miocárdio, os investigadores geralmente coletam dados
sobre sintomas, achados eletrocardiográficos e enzimas cardíacas.
Especialistas cegos em relação ao grupo de tratamento então usam esses
dados e definições específicas para adjudicar se o infarto do miocárdio
ocorreu ou não. Achados do Canadian Cooperative Multiple Sclerosis
Trial ilustram a importância do cegamento para a adjudicação não