Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1
uma razão entre essas duas probabilidades.^4
Quanto maior a razão de verossimilhança, melhor o resultado do teste
para confirmar o diagnóstico de uma doença; uma razão de
verossimilhança superior a 100 é muito alta (e rara entre os testes). Por
outro lado, quanto menor a razão de verossimilhança (quanto mais
próxima ela for de 0), melhor o resultado do teste para descartar a
possibilidade de doença. Uma razão de verossimilhança de 1 não
fornece nenhuma informação sobre a probabilidade da doença; quando
ela é próxima de 1 (digamos, algo entre 0,8 e 1,25), fornece pouca
informação relevante.
Um exemplo do uso de razões de verossimilhança é mostrado na
Tabela 12.3, que apresenta os resultados dos hemogramas de recém-
nascidos em risco para infecções graves (7). Uma contagem de
leucócitos inferior a 5.000 células/μL era muito mais comum em
lactentes com infecções graves do que em outras crianças. O cálculo da
razão de verossimilhança simplesmente quantifica o seguinte: 19% das
crianças com infecções graves tinham contagens de leucócitos
inferiores a 5.000 células/μL, comparado a apenas 0,52% daquelas sem
infecções graves. Portanto, a razão de verossimilhança é 19%/0,52% =
36.

TABELA 12.3 Exemplo de cálculo de razões de verossimilhança para um estudo sobre o papel do
hemograma na predição de infecções graves em recém-nascidos (7)


CONTAGEM DE LEUCÓCITOS
(POR ML)


INFECÇÃO GRAVE RAZÃO DE
SIM NÃO VEROSSIMILHANÇA

< 5.000 46 347
19% 0,52% 36
5.000-9.999 53 5.103
22% 7,6% 2,9
10.000-14.999 53 16.941
22% 25% 0,86
15.000-19.999 45 21.168
18% 31% 0,58
≥ 20.000 48 23.818
20% 35% 0,56
Total 245 67.377

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