- Analisar as vantagens comparativas que o local oferece. Quais
questões podem ser melhor respondidas nesta comunidade do que em
qualquer outro local? Isso, em geral, significa deixar o desenvolvimento
de novas técnicas laboratoriais e tratamentos a cargo dos centros
acadêmicos e de organizações de pesquisa farmacêutica. É melhor para
um investigador iniciante se concentrar em problemas de saúde ou em
populações incomuns em outros lugares, mas comuns na comunidade
local. - Desenvolver redes. Conforme foi discutido no Capítulo 2, uma rede de
contatos é fundamental para qualquer pesquisador. Um jovem
investigador deve estar sempre interagindo com outros cientistas que
estejam abordando questões de pesquisa similares. Caso não seja
possível obter apoio de colaboradores formais, talvez seja possível, pelo
menos, que o investigador encontre alguém disposto a ler e a opinar
sobre o esboço do protocolo de pesquisa, questionário ou manuscrito
por e-mail ou telefone. Participar de congressos científicos na área de
interesse é uma boa maneira de estabelecer contatos, e comentar o
trabalho de um colaborador experiente pode ser uma boa maneira de
iniciar um contato.
Pesquisa colaborativa
Já que começar sozinho é difícil, uma boa maneira de iniciar uma
pesquisa em uma comunidade é colaborar com pesquisadores mais
experientes sediados em outro local, especialmente se esses pesquisadores
já estabeleceram confiança, contatos e metodologias no país de interesse.
Existem dois modelos básicos para esse tipo de colaboração: de cima para
baixo (top-down) e de baixo para cima (bottom-up) (10).
O modelo de cima para baixo refere-se aos estudos originados em um
centro acadêmico e envolve investigadores comunitários no processo de
recrutamento de pacientes e desenvolvimento do estudo. Isso ocorre, por
exemplo, em ensaios clínicos multicêntricos de grande porte em que
hospitais e serviços são convidados a arrolar pacientes para um protocolo
de pesquisa já estabelecido. Essa abordagem tem as vantagens que advêm
da colaboração com pesquisadores experientes, que são geralmente