coorte para determinar se a depressão em estudantes universitários do
primeiro ano, medida pelo questionário CES-D, prediz o número de
consultas clínicas realizadas pelo estudante no próximo ano”.
- No caso da associação entre paracetamol e asma, a observação de que
o uso de paracetamol e a prevalência de asma aumentaram no mundo
todo (e a plausibilidade biológica relacionada com a depleção de
glutationa reduzida pelo paracetamol) faz com que todos os estudos
sejam Interessantes e Relevantes; à medida que mais estudos são
realizados, eles se tornam menos Inovadores.
Estudo #1: Um estudo de caso-controle para comparar a frequência
autorrelatada do uso de paracetamol em adultos com sintomas de asma
vistos em clínicas de atenção primária no Sul de Londres (os casos),
com a frequência relatada por adultos aleatoriamente selecionados sem
tais sintomas nas mesmas clínicas de atenção primária (os controles).
Estudos de caso-controle costumam ser uma boa forma de começar a
investigação sobre possíveis associações (Capítulo 8). Este estudo foi
especialmente Factível, pois foi parte de um estudo de caso-controle
maior de base populacional que já investigava o papel de antioxidantes
da dieta na asma. As razões de chances para asma aumentaram junto
com a frequência do uso do paracetamol para até 2,38 (IC 95% 1,22 a
4,64) entre usuários diários (P para tendênciα = 0,0002). O estudo foi
Ético, pois se tratou de estudo observacional que não colocou os
sujeitos em risco (Shaheen et al. Thorax 2000;55:266-270).
Estudo #2: Um estudo transversal multinacional de sintomas alérgicos
(asma, rinite alérgica e eczema) relatados pelos pais entre crianças de
6 a 7 anos, incluindo questões sobre o uso de paracetamol no ano
anterior e o uso habitual para febre no primeiro ano de vida. Este
estudo (que incluiu 205.487 crianças com idade entre 6 e 7 anos de 73
centros em 31 países) não seria factível se não fosse parte do estudo
mais geral International Study of Asthma and Allergies in Childhood
(ISAAC). Isso ilustra a importância de buscar dados existentes ou
estudos existentes ao investigar uma nova questão de pesquisa
(Capítulo 13). Os autores encontraram uma forte relação dose-resposta
entre o uso atual de paracetamol e sibilância, com uma razão de chances
de 1,46 (IC 95% 1,36-1,56) para sibilância e uma resposta “sim” para a
questão: “Nos primeiros 12 meses de vida do seu filho, você costumava