Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

aferição final após um ano e a mudança na circunferência da cintura em cm durante o mesmo período.
Variável dependente. Ver variável de desfecho.
Variável dicotômica. Variável que pode ter um de dois valores possíveis, como sim/não ou
masculino/feminino. Por exemplo, o examinador dicotomizou a pressão arterial sistólica em
hipertensiva (≥ 140 mmHg) ou não. Ver também variável categórica e variável contínua.
Variável discreta. Tipo de variável que aceita apenas valores inteiros. Para fins práticos, as variáveis
contínuas são às vezes tratadas como discretas. Por exemplo, a idade geralmente é expressa como idade
em anos no último aniversário, e o consumo atual de tabaco como a média de número de cigarros
fumados por dia. Ver também variável contínua.
Variável independente. Ver variável preditora.
Variável instrumental. Variável associada ao preditor, mas não associada de outra forma ao desfecho;
pode, portanto, ser usada para estimar indiretamente o efeito do preditor sobre o desfecho. Por exemplo,
pesquisadores encontraram grandes diferenças regionais no uso de uma nova vacina contra influenza e,
portanto, usaram o local da residência como variável instrumental para estudar o efeito da vacina contra
influenza na mortalidade total em idosos.
Variável nominal. Variável categórica para a qual não há ordem lógica. Por exemplo, a afiliação
religiosa (Cristã, Budista, Hindu, Muçulmana, Judaica, outra, nenhuma) foi codificada como variável
nominal.
Variável ordinal. Variável categórica cujos valores têm uma ordem lógica. Por exemplo, o consumo
atual de álcool foi tratado em um estudo como variável ordinal. Os valores eram: nenhum consumo de
álcool, 1 ou 2 drinks por semana, > 2 mas < 7 drinks por semana, 1 a 2 drinks por dia e ≥ 3 drinks por
dia. Ver também variável nominal.
Variável preditora. Ao considerar a associação entre duas variáveis, é aquela variável que ocorre
primeiro ou que, pelo conhecimento da biologia da associação, tem maior probabilidade de causar a
outra. Por exemplo, em um estudo para determinar se a obesidade está associada a um risco aumentado
de apneia do sono, a obesidade seria a variável preditora. Em um ensaio clínico randomizado analisado
por meio da análise de intenção de tratar, a variável preditora é o grupo designado.
Variável. Medida que pode ter diferentes valores. Por exemplo, o sexo é uma variável, pois pode ter
dois valores diferentes – masculino e feminino. Ver também variável categórica, variável
confundidora, variável contínua, variável dicotômica, variável discreta, variável nominal, variável
ordinal, variável de desfecho e variável preditora.
Viés. Erro sistemático em uma aferição, ou na estimativa de uma associação, devido a uma falha no
delineamento, na execução ou na análise de um estudo. Por exemplo, devido a um viés na forma como
os sujeitos se lembravam de sua exposição a substâncias tóxicas, pacientes com leucemia tinham maior
probabilidade de relatar uso prévio de inseticidas do que os controles.
Viés de amostragem. Erro sistemático que faz com que a amostra de pessoas incluídas no estudo não
represente a população-alvo. Por exemplo, se os participantes de um estudo sobre fatores de risco para
osteoporose fossem recrutados entre pacientes hospitalizados por fratura de quadril, a queda poderia
aparecer falsamente como um fator de risco para osteoporose em razão do viés de amostragem.
Viés de duplo padrão-ouro. Ver viés de verificação diferencial.
Viés de espectro. Situação na qual a acurácia de um teste é diferente na amostra do que teria sido na
população porque o espectro da doença (que afeta a sensibilidade) ou da não doença (que afeta a
especificidade) é diferente daquele encontrado na população onde o teste será usado. Por exemplo,

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