VIAJE MAIS^43
assistir ao sol se pôr. Na rocha, uma
mesa já estava a postos com garrafas
de uísque, vodka, refrigerante,
amendoins e salgadinhos. Um ma-
sai, membro da tribo que habita a
Tanzânia, servia as bebidas vestindo
sua túnica vermelha, e hóspedes e
tanzanianos assistiam juntos a mais
um show da natureza, esperando
somente pelo jantar, que seria ser-
vido ao redor de uma fogueira.
EM BUSCA DO GUEPARDO
Eram 5h da manhã quando abri
o zíper que faz a função de porta
da tenda. Sob o céu alaranjado do
amanhecer, Salomon me esperava
à frente do jipe: “Hoje o plano é
achar rinocerontes e guepardos”,
contou. Pareceu-me um objetivo
bem diferente para uma segunda-
-feira de trabalho. A tarefa teve su-
cesso. Encontramos o guepardo, e
também ovos de avestruzes, babuí-
nos sentados em uma pedra des-
cansando, um gnu esforçando-se
para caminhar com a dor de uma
pata quebrada, três leoas disputan-
do a atenção de um leão e o rei da
selva cruzando com uma das fêmeas
de seu harém.
Infelizmente, tive que virar as
costas para os leões para que Salo-
mon me deixasse na pista de pouso
para tomar o avião que me levaria
ao meu próximo destino: a ilha de
Zanzibar. Naquela altura, eu já es-
tava tão encantada com o Parque
Nacional do Serengueti que co-
mentei com Salomon que eu não
me importaria de perder o voo para
Zanzibar. Ele riu sem dar muita im-
portância ao meu desejo, certamen-
te por saber que vale muito a pena,
sim, ir a Zanzibar.
O ápice da viagem é ficar cara a
cara com os animais correndo em
debandada durante a migração
Famílias de elefantes volta e meia
aparecem em frente ao jipe