56 VIAJE MAIS
e holandês, estabelecido há quase
quatro séculos.
Depois, o território foi entre-
posto de escravos e, com a abolição,
as potências substituíram a mão de
obra negra pela de indianos, chi-
neses e malaios, transformando a
ilha num caldeirão de raças. Co-
meçava a se delinear a Sint Maarten
de hoje, com música animada, gas-
tronomia de primeira e a plurali-
mais belos de Saint Martin. Não à
toa, celebridades do quilate de Bill
Gates, Steven Seagal, Chuck Norris
e Sylvester Stallone mantêm casas
de veraneio na região.
Também não é de estranhar que
a ilha tenha sido disputada a tapa
por muita gente desde sua desco-
berta por Cristóvão Colombo, em
1493, até o acordo de comparti-
lhamento entre os governos francês
Alguns passatempos na ilha:
o mergulho e o parasailing
na Orient Beach
A orla de Cupecoy, no lado
holandês, é dominada por
imensas falésias
dade cultural que faz brasileiros ar-
riscarem o portunhol pela rua.
Bem ou mal, todos acabam se
en tendendo. No sul da ilha, por
exemplo, a língua oficial é o ho-
landês, e a moeda, o florim anti-
lhano, mas, na prática, todo mundo
fala inglês e paga em dólar. Já ao
norte, a população é fiel ao francês
e ao euro – embora também seja
possível fazer compras com as ver-
dinhas do Tio Sam. Para completar,
muitos moradores vindos de outras
partes do Caribe se comunicam em
espanhol e em dialetos típicos, co-
mo o papiamento e o creole. Im-
possível não se enrolar.
Dos tempos dos corsários, res-
tou a nata vocação ao livre comér-
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