Banco Central do Brasil
Revista Época/Nacional - Noticias
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - IPCA
Circuito Mundial de Vôlei de Praia em três temporadas,
é um dos principais jogadores do país. Prata em
Londres 2012 e ouro no Rio 2016, buscará o terceiro
pódio olímpico em julho, no Japão, ao lado de Álvaro
Filho. Mas, além de defender as cores do Brasil, ele
representará outra delegação de peso nos Jogos de
Tóquio, marcados para acontecer em meio à pandemia,
de 23 de julho a 8 de agosto deste ano.
A Red Bull — empresa austríaca de bebidas
energéticas — tem investido cada vez mais no esporte e
contabiliza 180 atletas com chances de disputar a
próxima Olimpíada. Esse conjunto abstrato de
competidores deverá ser mais numeroso que os de
países como a Austrália, que teve 71 atletas nos Jogos
do Rio 2016, Índia (124), Dinamarca (122) e Cuba (120).
Se fosse uma nação, o time Red Bull teria terminado em
sétimo lugar no quadro de medalhas nos Jogos
cariocas: foram 28 pódios, sendo 11 ouros, sete pratas
e dez bronzes entre os atletas patrocinados. Ficaria
atrás apenas de Estados Unidos, Grã-Bretanha, China,
Rússia, Alemanha e Japão. O Brasil, que era a sede,
terminou em 13º, com 19 medalhas no total — sete de
ouro.
Embora o Comitê Olímpico Internacional (COI) não
admita publicamente, a realização dos Jogos de Tóquio
é incógnita. Em 21 de janeiro, o jornal britânico The
Times cravou que o cancelamento da competição é uma
realidade e que a pandemia do novo coronavírus tornou
a realização do evento inviável. E já se trabalha numa
forma de contornar a situação. Uma das possibilidades
estudadas, ainda segundo a publicação, seria restringir
o evento a atletas com a realização de quarentena. É o
sistema bolha, adotado na liga de basquete americana,
NBA, no ano passado. Outra sugestão seria transferir a
disputa na capital japonesa para a edição de 2032,
depois de Paris (2024) e Los Angeles (2028).
O COI e autoridades japonesas desmentiram a
publicação. Oficialmente o discurso é outro. Mesmo com
a reprovação de cerca de 80% da população japonesa,
o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou não haver
motivos para acreditar que a Olimpíada não começará
no dia 23 de julho. “É por isso que não existe um plano
B e é por isso que estamos totalmente empenhados em
tornar os Jogos seguros e bem-sucedidos.” A discussão
ganha novos capítulos a cada semana. Yoshiro Mori,
presidente do Comitê Tóquio 2020, está sendo
pressionado a renunciar após declarações sexistas e
depreciativas sobre as mulheres. Em evento sobre os
Jogos, ele disse que elas falam demais, são
competitivas e atrapalham o andamento das reuniões.
Por isso, falou que não seria interessante ter mais
mulheres em cargos de chefia e que as mulheres que
trabalham com ele sabem seu lugar. Por causa desse
episódio, em cinco dias, 390 voluntários desistiram de
trabalhar nos Jogos. A estas, somam-se outras baixas:
a Associação de Médicos de Tóquio afirmou ser
improvável destinar 3.500 médicos para atuar
voluntariamente nos Jogos, conforme solicitado. Além
disso, o estado de emergência será prolongado em ao
menos dez áreas, incluindo Tóquio, até 7 de março.
Desde janeiro, estão mantidas as restrições para
viajantes estrangeiros não residentes no país — o que
inclui atletas e comissões técnicas. Por isso, foi preciso
adiar o Pré-Olímpico de Nado Artístico, que seria o
primeiro evento-teste para os Jogos no ano, de março
para maio. Outro problema que surgiu recentemente é
um processo judicial iniciado por cerca de 25 famílias
que compraram apartamentos da Vila Olímpica de
Tóquio, local onde os atletas ficarão hospedados
durante o evento, por causa do atraso na entrega das
chaves.
Se os Jogos se confirmarem em Tóquio, a “nação” Red
Bull terá estrelas como o atual recordista mundial indoor
e outdoor do salto com vara, o sueco-americano
Armand Duplantis; a belga Nafissatou Thiam, campeã
olímpica e mundial do heptatlo; Kolohe Andino, surfista
americano que ficou em quinto no ranking mundial de
2019; a colombiana Mariana Pajón, bicampeã olímpica
no ciclismo BMX; a ucraniana Olga Kharlan, dona de
quatro medalhas olímpicas na esgrima, sendo um ouro
em Pequim 2008, entre outros. Essa constelação faz