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Banco Central do Brasil

Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Economia
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

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Autor: Paula Cristina


Após 30 anos, a autonomia do BC passa pelo
Congresso. Além de controlar a inflação sem
interferência política, seus diretores e presidente terão


mandatos de quatro anos.

Aprovado na quarta-feira (10), o projeto de autonomia
do Banco Central saiu do papel após três décadas
girando em círculos no Congresso Nacional. A vitória,
com 339 votos a favor e 114 contra, foi tanto do ministro
da Economia, Paiuloo Guedes, quanto do novo
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e representa
um passo em direção a uma estrutura monetária
alinhada com nações desenvolvidas. Agora, o BC terá
como objetivo central assegurar a estabilidade de
preços, com um foco secundário na geração de
empregos, premissas consideradas de suma
importância em um momento em que o País tenta se
reerguer de uma crise econômica sem precedentes.

Uma vez sancionada por Jair Bolsonaro, a autonomia
irá alterar o mandato do presidente do BC e dos oito
membros da diretoria, que passará a ser de quatro
anos. Para Alexandre Schwartsman, economista que foi
diretor de assuntos internacionais do BC do entre 2003
e 2006, o tempo é essencial para traçar planos de
condução da política monetária no médio e longo prazo.
“Com a aprovação, o BC deixa de ficar à mercê da
canetada de um presidente”, disse. Como exemplo
dessa interferência nociva para a economis, ele citou o
período em que Alexandre Tombini presidia a
instituição e era obrigado a tomar decisões por ordem
da presidente Dilma Rouseff. “Isso gerou distorções que
ainda nos custam caro.” Na avaliação dele, países que
com BCs independentes têm mais capacidade de
enfrentar crises. “Ele não age para eleger alguém.
Quando corta juros, é porque vê um problema futuro.”

Mantida a determinação de que o presidente da
República é quem indica o comandante do Banco
Central, a autonomia torna o País mais atrativo para o
capital estrangeiro, já que questões como a meta de
inflação passam a ser definidas pelos membros do BC e
não mais pelo Comitê de Política Monetária, composto
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