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CARTA AO LEITOR - O caminho a ser seguido


Banco Central do Brasil

Revista Veja/Nacional - Carta ao Leitor
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Da Redação


Nunca é demasiado relembrar o esforço retórico do
presidente Jair Bolsonaro em sua luta para desmoralizar
a vacinação contra a Covid-19. Em 18 de dezembro do


ano passado, ele fez troça que se espalhou em memes
na internet: “Na Pfizer está bem claro no contrato: ‘Nós
não nos responsabilizaremos por qualquer efeito
colateral’. Se você virar um jacaré, é problema de você.
Não vou falar outro bicho aqui para não falar besteira”.
Antes, ele já havia dito outra bobagem, ao postar nas
redes sociais uma foto ao lado de seu cão de
estimação: “Vacina obrigatória, só no Faísca”. Na
segunda-feira 8, Bolsonaro demonstrou estar revendo
seu preconceito e admitiu a relevância da vacinação:
“Hoje meus irmãos decidiram aqui. Estão votando se
minha mãe vai ser vacinada ou não, com 93 anos de
idade. Eu já dei lá, votei lá: sim”.

Que bom Bolsonaro ter finalmente mudado de ideia. Se
mantiver a racionalidade e a lógica, sua nova postura
fará bem a todos os brasileiros. Não há dúvida: a
vacinação, associada ao distanciamento social e ao uso
de máscaras, é a única ferramenta para a retomada da
normalidade e do crescimento econômico. Se ainda
havia alguma incerteza em relação à eficácia da vacina
na queda do número de casos e mortes, uma sucessão
de estatísticas começou a demolir a falsa impressão. No
Reino Unido, em processo de imunização desde
dezembro, os testes positivos diminuíram 37% nas duas
últimas semanas. Nos Estados Unidos, com 44 milhões
de doses administradas — o maior número absoluto do
planeta —, os casos tiveram queda de 38% em duas
semanas. Em Israel, 90% das pessoas com mais de 60
anos já receberam as duas doses. Segundo estudo
divulgado pelo sistema de saúde, de 417?000 pessoas
acima de 60 anos inoculadas com as duas doses,
apenas 254 tiveram Covid-19 leve, sem necessidade de
atendimento médico. Mais: a vacina baixou em 41% os
novos casos e em 31% as hospitalizações.

No Brasil, ainda não é possível estabelecer relação de
causa e efeito, mas as informações são alvissareiras.
Até a quarta-feira 10, o país já tinha vacinado 4 milhões
de pessoas, o equivalente a 2% da população. Em
números absolutos, estamos na sétima posição entre as
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