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Revista Veja/Nacional - Colunistas
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
Na minha avenida imaginária visualizo uma comissão
de frente em homenagem à vacina. Não a esta ou
àquela. Mas às vacinas em geral — a chinesa, a
americana, a russa, a indiana, a brasileira. Saúde não
tem fronteira, ou não deveria ter. É assim no
sambódromo do meu sonho. A evolução da bateria
prepara o terreno para o puxador do samba-enredo, que
exalta a atuação dos cientistas que trabalharam
incansavelmente durante meses para que hoje
pudéssemos nos agarrar na expectativa de deixar para
trás a pandemia. E não teria dúvida em fazer o refrão
abordando as qualidades humanas dos profissionais da
saúde. Depois do que fizeram e continuam fazendo,
podem dizer que já sabem a que a existência deles se
destinou.
Uma festa é só um ritual. É importante, mas não é
fundamental. Mais relevante é o que está sob a fantasia
usada no ritual — um brasileiro que quer acreditar num
futuro melhor. Neste Carnaval teremos de nos
reinventar. Estamos ficando especialistas nisso.
Quantas limonadas já não tivemos de fazer com os
limões que nos têm sido dados? Somos um povo
resiliente. E criativo. E esperançoso. Se não por opção,
então por falta de opção. Neste Carnaval vamos mais
uma vez demonstrar tais atributos. Façamos como a
moça disputada daquele antigo samba: “Quando para o
samba / bate palmas, pede bis”. Bata palmas, sim, mas
com as mãos lavadas — e sem se esquecer dos demais
protocolos de segurança, claro.
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas