ECONOMIA - Sob pressão
Banco Central do BrasilRevista Carta Capital/Nacional - Economia
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
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Autor: Carlos DrummondNo quadro de piora drástica do mercado e das
condições de trabalho, os resultados das negociações
coletivas de 2020, para aqueles que escaparam do
desemprego avassalador, não mostram a derrota que
seria de se esperar. É o que sugere, entre outras
evidências, a análise dos 11.278 reajustes salariais
ocorridos no ano passado, realizada pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Do total, 38,5% das negociações resultaram em
aumentos reais dos salários, porcentual considerado
relativamente elevado por vários economistas. Os
aumentos salariais iguais à inflação somaram 34,3% do
total e os que ficaram abaixo, 27,2%. “Há um número
cada vez maior de trabalhadores empurrados para a
vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, uma ofensiva do
governo para retirar direitos, fragilizar os sindicatos e
reduzir o custo dos empresários, em plena pandemia.
Nessas condições, os sindicatos até que conseguiram
opor algum grau de resistência”, sublinha José Dari
Krein, professor do Instituto de Economia da Unicamp e
pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e