bem mais, ver, nela, os limites e os véus, ver a incongruência,
ver a desesperança para encontrar, enfim, a verdadeira Vida,
aquela que o põe na alegria e que não depende, justamente, de
qualquer interação, de qualquer transação, nem de qualquer
das facetas de sua personalidade.
Os tempos estão consumados e chegados, tudo isso toma uma
acuidade mais importante, porque, aí, você procura e encontra
apenas deserto e esterilidade. Enquanto, se você nada procura,
enquanto, se você acolhe, sem restrições e sem limites, o que se
apresenta a você, se você está livre para a Luz, então, você está
livre de sua pessoa, você está livre de toda história, de todo
projeto, de toda evolução. Só o instante é Eterno. Enquanto, o
que você vive, leva-o a interrogar-se sobre o sentido de uma
relação, sobre o sentido de uma percepção, o que não quer
dizer que não seja preciso vivê-las, mas, sim, deixá-las
atravessar o campo do que você é – porque, nesse mundo, não
é você que se move, é o mundo que se move ao seu redor –
enquanto você não tiver apreendido e vivido isso, você não
conseguirá, jamais, estabelecer-se no Silêncio, na Morada de
Paz Suprema e na Eternidade.
É uma quimera crer que um sistema de conhecimento, que
uma compreensão do Si ou da própria pessoa vá permitir-lhe
encontrar o que você procura. Bem ao contrário, é,
efetivamente, o inverso que se produz. Qualquer que seja a
progressão que você tenha observado no caminho do Si,
qualquer que seja a melhoria real de suas condições físicas,
energéticas e, mesmo, espirituais, isso, estritamente, nada
representa e pertence, do mesmo modo, ao efêmero, como sua